Dois amores 1v.

Preciso contar uma coisa.

—Vou te fazer uma pergunta, mas não quero que se assuste: o que acha de morar lá em casa, comigo? Não precisa se sentir pressionada com isso, se não quiser tudo bem.

"O Téo está me convidando para morar com ele?"

—Téo... —Suas palavras são cortadas.

—Sei que o que acabei de dizer pode parecer loucura, porém, mais loucura do que estamos fazendo não pode ser. Antes de dizer não, só saiba. Quero poder acordar todos os dias e saber que você está do meu lado, para me aquecer enquanto há frio lá fora, e poder olhar esse teu lindo rosto deitado sob meu travesseiro.

"Ele é o cara mais romântico e perfeito que já conheci."

—Me deixa responder agora.

—Claro. —Ele olha intensamente nos olhos dela.

—Já que estamos fazendo tudo ao contrário, porque não aceitaria morar com meu findanzato? —Ela sorri.

—Isso é um sim?

—Sim, sim eu aceito.

Os olhos dele brilham, Téo se aproxima e a roça os lábios nos dela então a beija apaixonadamente.

—Obrigado Jasmim por ser tão incrível, e me fazer tão feliz. Só uma pergunta do que me chamou findagato?

—Não! —Jasmim ri. —É findanzato significa namorado em Italiano..

—Você não vai falar muito em Italiano, não é?

—Perché vuoi dele lezioni?

—Por favor, agora eu é que vou dizer isso. Pode falar em Francês.

—Eu disse: por que quer umas aulas?

—Porque não aceitaria brincar de aluno e professora?

—Téo! —Jasmim ri. —Eu estava falando sério, ma mi piacerebbe essere la tua insegnante e fare i compiti.

—O que você disse?

—Não vou dizer vai ter que descobrir.

—Dori, eu preciso saber.

—Agora que vamos morar juntos irei falar muito em Italiano, trate de se acostumar. —Jasmim sorri.

—Porque me torturar assim?

—Non è una tortura amore mio, è solo la mia lingua ufficiale.

—Chega por favor, o que aconteceu com a minha Dori? Aquela mulher atrapalhada e fofinha, não vou conseguir com viver com essa versão sua inteligente.

—Nossa! Bom saber que prefere eu do jeito Dori.

—Sem dúvidas foi por essa que me apaixonei.

Os dois um pouco mais confiantes no que estão fazendo, tentam descansar com "tranquilidade." Na manhã seguinte Jasmim toma e seu café, registra Benjamim como seu filho e recebe alta. "Entrei no hospital com uma gravida e eu é quem saio com um filho, como o mundo é surpreendente." —Ela suspira.

—O que foi?

—Nada, estou apenas aliviada de tudo ter dado certo.

—Eu também.

— Agora chegou a hora mais difícil, está preparada?

—Não estou, mas vamos precisamos fazer isso.

—Vamos fazer como tinha combinado, você conta e então me chama. Aí entro com o Benjamim, claro dependendo de como eles reagirem.

Combinado. —Ela abre a porta da Cristais.

—Cheguei, e preciso conversar com você mãe, Tiago e Amélia.

—Do que se trata? —Cristal pergunta confusa.

—Vamos para a sala de reuniões, que irei explicar.

Eles entram. —Amélia pode trancar a porta.

—O que está acontecendo? —Amélia pergunta.

—Tem algo a ver com o Benjamim e a Agatha? —Cristais também pergunta.

—Tem sim.

—Ela morreu? —Amélia a olha séria.

—Quase.

—Como assim quase? Do que está falando furacão?

—Ela fugiu, e abandonou o Benjamim. —Lagrimas brotem em seus olhos.

—Eu falei que ela era uma cobra preste a dar o bote. —Amélia fala carrancuda.

—E o que vocês fizeram a esse respeito? —Cristal pergunta.

—Para não precisarmos chamar a polícia, com a ajuda da enfermeira damos ela como morta, e ... —Jasmim fica em silêncio.

—E o que? Fala furacão, quer nos matar de preocupação.

"É agora que eles me entendam."

—Eu adotei o Benjamim.

—Como? Não brinque com uma coisa dessa, você não é o seu primo. Sem ofensa Tiago.—Sua mãe pergunta espantada.

—Amiga isso é sério?

—Furacão, como assim?

—Sim, eu não poderia deixa-lo sozinho. Ele acabou de nascer, e foi a Agatha que pediu.

—Como ela pediu isso se fugiu? —Tiago questiona.

—Assim. —Jasmim joga a carta na mesa e começa a chorar.

Amélia a lê em voz alta. —Como assim? Como ela teve coragem de abandonar o pequeno.

—Vocês acham que eu não deveria ter o adotado? Eu nem sei como ser mãe, eu sou o furacão atrapalhada e esquecida.

—Filha escute aqui, você fez o que achou que devia fazer, e estou orgulhosa. Mas, uma mãe não nasce mãe e não aprende a ser em escolas. Uma mãe é e isso basta. Mãe sente, mãe adivinha, mãe aprende sofrendo, mãe sofre aprendendo. Isso será com certeza um desafio para você, mas saiba que pode contar comigo.

—Amiga você é meio atrapalhada sim.

—Eu sei, e é isso que tenho medo fazer tudo errado.

—Não, você é atrapalhada, porém é carinhosa, doce, gentil e se preocupa muito com os outros. Tenho certeza que o Benjamim estará muito melhor com você, do que com aquela cobra.

—Obrigada, e você Tiago o que acha disso tudo? —Ela o olha pedindo aprovação.

—Acho isso perigoso você está namorando com o Téo faz pouco tempo, para fazer uma loucura dessas. Entretanto, é tarde para perguntar, você já o adotou. —Ele sorri. —Agora só basta conhece-lo.

—Eu também quero conhece-lo. —Amélia fala animada.

—Onde o Téo está? —Cristal tenta manter a naturalidade.

—Ele está esperando no carro vou chama-lo.

Jasmim sai correndo e logo volta com os dois. —Mãe conheça seu neto, quer segura-lo?

—Sim, adoraria. —Jasmim o entrega para sua mãe.