E se tudo fosse para sempre, você saberia dar valor aos bons momentos?Quando chegaram ao andar no escritório de Hiashi, percebeu que as mãos de sua esposa tremiam. Olhando o rosto dela, no entanto, percebeu que conseguia manter-se bem discreta. Mas Minato sabia da verdade, pois ele estava da mesma forma.
Não foi difícil para os dois encontrarem o enorme prédio administrativo a qual o Hyuuga era praticamente dono. Muito menos esperar que ele saísse de sua sala e os encontrasse com os semblantes ansiosos e, ao mesmo tempo, temerosos.
Os adultos não conseguem descrever como foi o baque que sentiram, após se encontrarem novamente depois de tantos anos. O viúvo sentiu seus pés andarem para trás quando viu o casal à sua frente, se levantando assim que atravessou a porta.
Depois que Hinata o contou sobre estar próxima, mais uma vez, do filho deles, era questão de tempo até finalmente virem até si. De fato, passou em sua mente essa possibilidade, porque quando sua esposa se foi, eles mal tiveram tempo de conversar. Uma ira descomunal assolou o corpo e sentimentos de Hiashi, impossibilitando naquela circunstância, conversarem como os adultos que eram.
Também, como poderia ele prever que sua esposa estava ocultando a doença e supostamente fez a amiga prometer não dizê-lo nada?
Hiashi se sentiu um frouxo, indigno. Por não ter notado os sinais de prontidão, por não ter insistido, por trabalhar mais do que ficar em casa. A verdade é que por anos carregou mais culpa do que os culpou.
Por conta de sua negligência, seus filhos – incluindo principalmente Neji – ficaram sem uma mãe, uma família incompleta.
Os Namikaze Uzumaki tentaram, mas também falharam.
Os três estavam tendo conflitos internos, porém, para o bem de seus filhos e de si mesmos, precisavam conversar, e logo.
— Boa tarde, Hiashi – Kushina começou, mesmo hesitante – Nós…podemos conversar com você?
As orbes peroladas passearam pela ansiedade estampada nas faces do casal. Nada disse, apenas acenou com a cabeça, para que o seguissem de volta para a sala.
Todos adentraram o lugar, bem espaçoso, repleto de livros em uma parede devidamente arrumados no móvel que ia do chão ao teto. As paredes pintadas de tons escuros variados entre cinza e preto, as janelas, da mesma forma que os móveis, dando grande iluminação natural ao ambiente.
— Sentem-se, por favor – finalmente, o Hyuuga disse, indicando as cadeiras frente a sua mesa – Em que posso ajudá-los.
— Deve saber o motivo de estarmos aqui – Minato foi rápido em responder, recebendo o olhar de Hiashi – Nós queremos te pedir perdão, por ter causado tanto transtorno a você e sua família, há oito anos atrás.
— Eu sei que nada vai trazer sua esposa de volta – sem se conter, Kushina prontamente tomou a fala – Também sei que nunca vou poder me despedir dela da melhor forma. Hiashi, você tem todo motivo do mundo pra me odiar se quiser, eu entendo perfeitamente o que fiz, minhas ações dizem por si só. Mas, fui completamente pega desprevenida por ela, e quando me dei conta, já estava a prometendo que não contaria nada a você – dizia as palavras de forma rápida, sentindo um bolo enorme se formar em sua garganta. Doía demais em seu coração não ter dado adeus a melhor amiga, sabendo que nunca mais poderia vê-la – Ela tinha medo, Hiashi, e não queria te preocupar, mesmo que seja sua função como marido estar ao lado dela mesmo nos piores momentos. Fiz errado em esconder tudo de você, e só me toquei disso depois de algum tempo. Pela primeira eu devia ter quebrado uma promessa que fiz a ela pelo bem não só dela mas seu e dos seus filhos. É tão doloroso em mim vir aqui e saber que daqui a pouco ela não vai te ligar para ver se você já almoçou como sempre fazia depois de falar comigo. Só que eu também devo imaginar como deve ser difícil para você, pois eu acompanhei a jornada de vocês e…– estava se tornando cada vez mais difícil falar, mesmo assim, a ruiva prosseguiu – Perdão, Hiashi, por não ter feito mais por você e sua família.
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Dynasty I Naruhina
FanfictionDestino, sete letras e um grande significado: 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑜𝑢 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑙𝑒𝑖𝑠 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑠; 𝑠𝑜𝑟𝑡𝑒, 𝑓𝑎𝑑𝑜, 𝑓𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑎. Muitos sempre diziam que o destino adorava prega...