𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑖𝑠

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Medo: se você deixar, ele vence a batalha antes mesmo de você lutar.

Sabe quando há aquele momento em que você quer ficar apenas com seus pensamentos e não ser interrompido por ninguém?

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Sabe quando há aquele momento em que você quer ficar apenas com seus pensamentos e não ser interrompido por ninguém?

Era isso o que eu queria, mesmo que significasse guardar um sentimento melancólico misturado a uma dor que eu não conseguia descrever, e acabasse chorando por isso.

Ver Hinata despertou sentimentos em mim que pensei não existirem, ao mesmo tempo que fez outros surgirem depois de muitos anos. Não quis falar com meus pais, apenas subi para meu quarto e fechei a porta. Talvez no dia seguinte eu falasse algo a eles, mas não agora. Eles respeitaram meu espaço, pois não subiram e bateram a porta como pensei que fariam. Pelo jeito que entrei em casa, com certeza perceberam que algo "deu errado".

Minha mente estava um turbilhão, era coisa demais a processar. Só que, no fundo, eu sabia que isso uma hora iria acontecer, sentia que poderia vê-la em qualquer lugar. Mas não pensei que seria tão rápido, muito menos que eu teria essa reação.

Quando fui para os Estados Unidos há oito anos atrás, ainda éramos amigos, porém não consegui me despedir dela de forma devida. Okay, éramos crianças, novos demais para despedidas longas. Ainda assim, eu me senti mal e, depois disso, não mantive contato com ela.

Eu me arrependia de não ter feito tudo de outra maneira. Poderia ter sido diferente, pensava isso enquanto tomava outro banho, precisava me distrair, meu coração não se aquietava dentro de mim. Doía, e eu não sabia o porquê.

Coloquei uma camisa de malha e uma bermuda simples para dormir. Sentia meus olhos encherem de água, a mais pura saudade se formava dentro de mim. Muita saudade, e ela queria sair em forma de lágrimas.

Foi o que aconteceu. Não solucei, não gritei, apenas deixem elas saírem molhando meu rosto, e acabei adormecendo.

Na manhã seguinte, eu pretendia acordar tarde e ficar o dia inteiro na cama sem fazer nada, mas duas pragas com nome e sobrenome entraram no meu quarto fazendo a maior zona.

— Bom dia, flor do dia. É hora de acordar, está um dia lindo lá fora – Shikamaru praticamente gritou, enquanto abria as cortinas do meu quarto. Apenas coloquei o travesseiro sobre meu rosto.

— Nem ferrando que você vai ficar aí o dia todo, não saí da minha casa a toa – foi a vez de Sasuke dizer arrancando meu cobertor que estava me cobrindo.

— Saiu sim, não chamei ninguém aqui – minha voz saiu abafada por conta do travesseiro.

— Quanto mau humor, credo. Tá pior que eu, Naruto, isso não é do seu feitio – ouvi a voz de Shikamaru, ao mesmo tempo senti uma pressão na minha cama.

Um deles provavelmente se sentou. Não posso ter um momento de paz?

— Que chatice, o que estão fazendo aqui, hein? – meu mau humor era nítido.

Dynasty I NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora