𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑡𝑒

1.4K 119 191
                                    

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.

– William Shakespeare

Não conseguia manter minha mente na aula, meus pensamentos, definitivamente estavam na cena de momentos atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não conseguia manter minha mente na aula, meus pensamentos, definitivamente estavam na cena de momentos atrás. Depois daquilo, Temari me levou direto para o banheiro, tentando me ajudar a me manter calma. Não seria nada legal ter uma crise antes de ir pra sala.

Tentei de tudo, mexia no lápis, apontava, desenhava, até dormir. Nada adiantava, o nervosismo tomava conta de mim cada vez mais. E se ele tentasse falar comigo? Naruto me viu. Olhou nos meus olhos, depois Shikamaru o puxou para sabe-se lá onde.

Queria ter onde enfiar minha cabeça, ou melhor, ter para onde fugir. Ou deveria enfrentá-lo? Quer dizer, eu sentia falta dele, éramos melhores amigos quando crianças, mas quando ele foi embora, sem se despedir, um pedaço de mim foi com ele. Foi a pior sensação do mundo, parecia que tudo iria desabar e ainda havia o fator agravante daquele dia, que eu não gosto de mencionar nunca.

Naruto fazia falta na minha vida, mas a dor que eu sentia, não saberia se um dia conseguiria superar, ou seja, não faço a mínima ideia da reação que eu teria caso ele tentasse falar comigo. Se é que ele vá tentar.

Isso me afligia tanto, passavam várias possibilidades na minha mente, razões tanto para deixar isso tudo de lado quanto para ir fundo na situação.

Que estressante.

Quando o sinal para o intervalo soou, minhas pernas ficaram bambas, e pela primeira vez em muito tempo, quis permanecer na sala enquanto todos saíam para ir ao refeitório.

Mas é claro que minha bela amiga loira não iria permitir isso.

— Vamos logo, não vou te deixar aqui desse jeito – falou ela enquanto pegava seu material, esperando que eu fizesse o mesmo.

— Tema, por favor, deixa eu… – não pude concluir pois ela me interrompe.

— Não e ponto final – vendo que eu não tinha escolha, comecei a juntar minhas coisas.

Se tem uma coisa que Temari odeia, é quando faço algo de propósito pra irritá-la, e mesmo que ela me desse bronca, era o que eu fazia naquele momento. Me arrastava, sem nenhuma vontade de ir para o andar inferior. Fiz uma hora danada pra guardar minhas coisas no meu armário, enquanto ela me vigiava a cada passo, querendo, certamente, arrancar minha cabeça.

— Acha mesmo que fazendo corpo mole vai fazer eu desistir de te arrastar pro refeitório? – encostou-se no armário do lado – Não vou deixar você definhando na sala.

— É que…. não estou com fome – tentei, inutilmente, fazê-la desistir.

— Mentirosa de uma figa – me pegou pela mão, entrelaçando nossos braços – Você é a última pessoa que negaria algum tipo de comida nessa terra, Hina.

Dynasty I NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora