𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑜𝑧𝑒

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"Ohana" quer dizer família. Família quer dizer nunca abandonar ou esquecer.

- Lilo & Stitch

Quando recebi a ligação de Hanabi na semana passada, sabia que algo havia acontecido

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Quando recebi a ligação de Hanabi na semana passada, sabia que algo havia acontecido. Por isso, não tardei em pedir aos coordenadores da faculdade me liberarem o resto da semana, alegando uma questão familiar urgente. E realmente, era.

Juntei tudo o que via pela frente rapidamente, de maneira desleixada. Peguei o primeiro avião que havia para Tokyo, e minha ansiedade extravasava através do meu corpo. Estava nervoso, e também com saudade. Muita saudade.

Meu foco era Hinata, tinha que ter absoluta certeza de que estava bem. Só depois e concluir tal coisa poderia pensar em Tenten ou qualquer outra pessoa. Não me levem a mal, eu amo minha namorada, mas ela também entende o quanto minha prima é importante pra mim, e sabe o que sou capaz de fazer por elas. Por isso contava os segundos para pousar logo, e ir diretamente a casa que fez parte da minha vida.

Quando finalmente cheguei me deparei com seus olhos, vendo se encherem instantaneamente ao me verem, a situação era óbvia. Hinata não estava bem, e isso só poderia ter a ver com uma pessoa.

Passamos um bom tempo sentados no sofá, eu acariciava seus cabelos, tentando acalmá-la de certa forma. Consegui, pois ela acabou dormindo no meu colo. Não ousei levantar, apenas continuei com ela ali, e passando tudo o que havia me dito em minha mente.

Parte de mim não acreditava que Naruto iria realmente voltar, mas aconteceu, e isso a afetou muito. Teria que conversar com Tenten logo, ela com certeza deveria saber de mais coisas que Hanabi. Pelo que conheço da garota deitada em mim, ela evitaria ao máximo dizer o que acontecia consigo a irmã. Ri com o pensamento, protege os outros mas nem sempre a si mesma. Era assim que funcionava.

Decido, então, subir com ela até seu quarto. A pego em meus braços, percebendo que esse ato a fez as aconchegar ainda mais. Passo pelas escadas tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordá-la. Ao menos, a porta do cômodo estava aberta, então a deitei em sua cama. Deixei-a descoberta, já que não fazia frio.

Observei-a por alguns instantes, iria fazer o máximo possível para ver minha prima bem, e isso envolvia me encontrar com o Uzumaki. Minha vontade era de socá-lo, mas não o faria. Afinal, ele também era uma criança há oito anos atrás, não foi ele quem decidiu como as coisas seriam.

Me pergunto se foi tão ruim para ele quanto foi para Hinata.

Passo a mão pela sua bochecha, dou um beijo em sua testa e volto para meu quarto temporário. Provavelmente ela não contou ao pai também o que estava acontecendo, e isso me fez pensar qual desculpa eu daria a ele por aparecer em sua casa tão repentinamente, porque se ela não disse nada, então não seria eu quem o faria.

Hinata tinha que arcar com suas situações, já tinha dezesseis anos e daqui uns meses faria dezessete.

Sento em minha cama ao adentrar meu quarto, pegando o travesseiro e o encostando na parede, para que pudesse apoiar minhas costas. Minha mente volta nos dizeres da minha prima a uma hora atrás. Ela sentia dor, angústia, e guardava tudo para si. Devido ao quadro dela de anos atrás, temia que sua condição piorasse, e isso não seria nada bom.

Dynasty I NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora