𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒

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penúltimo cap
nem sei o que dizer kk
espero que gostem ♡

A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo.

— Mario Quintana

Seu casaco era grande, mas confortável

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Seu casaco era grande, mas confortável. Os pequenos sapatos cobrindo os pés davam-na firmeza enquanto seguia para o balanço do parquinho. As outras crianças provavelmente não estariam lá, então seria o momento ideal para brincar, pois estaria sozinha.

O gorro rosa e delicado pousava graciosamente em seus cabelos curtinhos, sentia o nariz escorrer algumas vezes enquanto andava, mas sua mamãe havia dito que era normal pois o inverno estava chegando.

De repente parou, e olhou para o céu, antes de se aproximar do brinquedo. Estava quase escurecendo, e mesmo tendo apenas cinco anos, Hinata gostava de ir sozinha até o parque que tinha perto de sua casa.

Apressou-se e subiu, custosamente, no balanço verde.

Ela gostava de ficar ali, sentada, apenas parada e olhando para as flores que caíam das árvores. As ipês eram suas favoritas, amarelas e completamente graciosas. Sua mamãe gostava delas também.

Estava concentrada numa joaninha que acabou pousando em sua mão, quando um avião de papel entrou em seu campo de visão.

O papel caiu devagar na sua frente, como num tipo de pouso perfeito. Devagar e com a curiosidade tomando conta de si, foi até ele, tomando cuidado para não amassar. Sorte a dela que o vento não levou para longe, e a dificuldade não veio para pegá-lo.

— Você achou! – uma outra voz soou atrás de si, tão fina quanto sabia ser a sua.

Ao virar para trás, se deparou com um garotinho loiro, com três risquinhos em ambas bochechas. Hinata poderia jurar que nunca veria olhos tão azuis e brilhantes quanto os dele. Havia um sorriso convencido nos lábios do menino também.

— Como sabia que era eu e não iria sair correndo com ele?

— Por que você é minha amiga, e eu não confundo você – passou a pequena mãozinha pelos fios escuros.

— Quem te deu esse aviãozinho?

— Foi meu papai que fez para mim – na cabeça dele havia um tipo de óculos presos numa faixa verde – Quer que ele faça um pra você? Acho que gostou, não é?

Observou o jeito que ela segurava com cuidado seu "brinquedo", vislumbrando a forma que o papel se assemelhava ao grande transporte que levava pessoas a vários lugares.

— Gosto de aviões, mesmo tendo um pouco de medo de voar neles – foi sincera, abrindo um sorrisinho – O céu é tão azul quanto o mar, de avião dá para ver melhor ainda.

— Eu ainda nunca voei de avião – o loirinho coçou a lateral do rosto.

— Nani? Sério mesmo?

Ele assentiu. Hinata passou na mente sua primeira vez viajando com a mãe, antes de sua irmãzinha nascer. Ela e sua família foram para o México, um país completamente diferente do Japão.

Dynasty I NaruhinaOnde histórias criam vida. Descubra agora