Cadáver

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VOCÊS VÃO SURTAR COM ESSE CAP. DESCULPEM A DEMORA, A VIDA TÁ UMA CORRERIA DO CARALHOOOO!!!

COMENTEM MUITO E SURTEM COMIGO, PLEASEEEEEEEEEE!

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P.O.V CORINGA

Folhas secas cobrem meus pés, há um tipo de neblina que dificulta minha visão, consigo ver no máximo dois palmos à minha frente e essa sensação me apavora. Sinto olhares frios e perturbadores em minha direção, mas sei que não há ninguém por ali.

É quando um grito apavorado ecoa pela mata e meu corpo congela, conheço aquela voz e a identificaria em uma multidão. Meus pés que antes pareciam presos as folhas amareladas agora saltam por metros e metros, desesperados, à procura do meu garotinho.

- Marcos!!! – Grito, mas não resposta alguma. Sinto um aperto em meu peito, ele dói, é como se arrancasse algo valioso dali o que mais me importa. Aquele que me tirou da escuridão – Amor?

As lágrimas começam a se formar em meus olhos e minha cabeça dói, estou cansado, exausto. Ainda escuto gritos abafados ecoarem por entre as árvores.

- Eu avisei! – Uma forma estranha paira a minha frente, cabelos loiros na altura do ombro, uma cicatriz vermelha vibrante e disforme em sua nuca, está de costas, um vestido preto rasgado e sujo de sangue – Isso não o levaria pra frente, que esse relacionamento seria sua perdição.

Ela parece conversar com alguém a sua frente, logo solta uma risada grotesca e animalesca que faz os pelos em meu braço se arrepiarem, a mulher se vira e revela seu rosto, o que me faz dar alguns passos em falso e cair sobre as folhas agora úmidas. Algo pegajoso está envolto em minhas mãos, engulo em seco, há sangue por todos os lados.

Aquela coisa é Voltan!

Se aproxima a passos lentos e calculados. Um sorriso preenche seu rosto, felicidade genuína.

- Isso tudo é sua culpa, Victor! – Se ajoelha, estou paralisado, não consigo mover um músculo, o hálito de Voltan cheira a sangue, não, algo pior, bem pior, morte! – Fui boazinha, tentei avisá-lo, mas sabe como Marcos é ingênuo. O amor nem sempre nos leva a bons caminhos.

- Onde está Marcos? – Tomo coragem e grito, ela ri, alto, cada vez mais alto. E aos poucos vai desaparecendo. E através do seu corpo translúcido vejo as garras que me atormentavam, agora possui braços longos e finos, é muito alto, seu rosto é borrão negro inexplicável.

Pegadas ensanguentadas surgem ao meu lado, como se algo invisível caminhasse até o corpo que fora deixado pela criatura. Não consigo identificá-lo dali. Me levanto e as sigo, e quando estou a alguns centímetros do corpo minhas pernas cedem, caio de joelhos, sem acreditar na cena a minha frente.

Amor Sem Fronteiras - MOBICTOR - FinalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora