PASSEI UM PERRENGUE PRA POSTAR PQ ALGUMAS FOTOS NÃO QUERIAM CARREGAR, MAS ESPERO QUE APROVEITEM!
P.O.V CORINGA
Acordo assustado, o suor escorrendo por minha testa, mesmo com ar-condicionado ligado. Mais um pesadelo no qual Mob é arrancado de mim às forças por braços deformados e garras negras sujas com terra e um líquido vermelho espesso, sangue, sangue seco, sangue do meu menino.
Marcos dorme tranquilamente ao meu lado, está feliz, não consigo por em palavras o quanto o pedido o deixou ainda mais brilhante, é como se algo em Mob se ascendesse. Escutei uma de suas conversas com Milena, dizendo que não podia estar mais feliz e com toda certeza essa era a melhor coisa que já tinha lhe acontecido.
Mob me ama. Eu o faço feliz. EU O FAÇO MUITO FELIZ!
Isso é o suficiente.
Passo a mão por seu rosto angelical, é real, ele está ali. Está comigo, nenhum maldito braço deformado o arrancou de mim. Seus dedos seguram os meus e ele abre os olhos lentamente. Dou um beijo no canto de sua boca e Mob se espreguiça.
- Tá tudo bem? – Pergunta baixinho, seus dedos brincando com meu cabelo.
- Sim – Minto, não quero preocupá-lo com uma idiotice dessas – Estou com sede, vou descer pra buscar um pouco de água, quer? – Questiono e ele balança a cabeça em negativa, me puxando para um beijo terno.
- Pode voltar a dormir, Baby. Não vou demorar – Dou vários beijos por seu rosto, como pais deixando o filho na escola pela primeira vez, uma despedida. Mas isso não é uma despedida. Um riso gostoso ecoa pelo quarto e ele se encolho no cobertor.
- Espero mesmo que não demore – Resmunga e fecha os olhos. É minha vez de rir.
Saio do quarto a passos leves, são três da manhã e não quero acordar ninguém. Os garotos saem cedinho e quanto mais dormirem, melhor. A casa está quentinha, confortável, pelos enormes vidros vejo às árvores dançarem do lado de fora, em perfeita sincronia. Ao mesmo tempo que é acolhedor é assustador, como se as garras advindas de meus pesadelos fossem surgir por dentre aqueles galhos a qualquer momento. Isso faz um calafrio percorrer meu corpo, sinto como se tivesse sendo observado, e medroso como sou apresso os passos até a cozinha.
As luzes são sensoriais e se acendem a cada passo que dou, quando me aproximo da cozinha vejo uma sombra, pequena, encolhida na bancada, os cabelos negros na altura do ombro, logo a reconheço. Uma xícara em suas mãos com um vapor constante dançando por entre seus dedos, nela há uma fita rosa e a frase "i come back stronger than a 90's trend". (Música: Willow, Taylor Swift).
- E aí, pinscher! – Brinco e ela me lança um olhar frio, depois sorri – Sem sono?
- Ainda irritada com Voltan, não consigo ficar ao lado dela. Não essa noite, não depois de tudo que descobri. Foi como um tapa em minha cara, pensei que fosse a mais ajuizada, estava completamente enganada!
Babi está triste, ela dá um gole em seu chá de camomila e respira fundo. Me aproximo e me sento ao seu lado.
- Como as coisas se saíram com ela e PH?
- Ele deu um Ultimato, é a última chance de Carolina, mais um errinho e ela tá fora da Organização. PH está certo, ele está receoso, cada dia mais preocupado com nossa segurança. É certo que as coisas se acalmaram nos últimos dias, mas onde há fumaça há fogo. E ainda tem muita coisa ruim por aí – Engole em seco.
- Que bom, fico feliz que o responsável pela organização nos leva tão a sério, se preocupe tanto. PH está se mostrando um chefe incrível, uma pessoa de coração grandioso! – Falo e a sensação de ainda ser observado me persegue, caminho até a janela da cozinha, olho para os dois lados, só árvores e mais árvores.
- Me sinto tão perdida, tão mal. Porque nesse país infernal não podemos amar quem queremos amar. Não podemos sair de mãos dadas porque corremos risco de sermos mortos, de apanharmos, de sermos incendiados, isso é um absurdo.
- Sinto medo também, muito! – Meu coração se aperta – Como vai ser quando tudo voltar ao normal, as gravações, as premiações, a vida. Quando tiver que sair com Mob em público, não me preocupo mim, sim por Marcos, ele é tão sensível a esse tipo de coisa. Não quero que se magoe, só queria que tudo fosse mais fácil, Babi.
- Talvez algum dia! – São suas últimas palavras antes de deixar a xícara na pia. Me abraça e se despede, saindo pela porta da cozinha, cabisbaixa.
Pego uma garrafinha com água e dou meia volta, subindo as escadas tranquilamente. Uma música alta ecoa no fim do corredor, caminho devagar até a pequenina sala que dormi dias atrás que fora transformada em sala de vigilância, onde sempre há um homem negro forte e alto, olhos verdes penetrantes, Joaquim seu nome, é o segurança designado a cuidar das câmeras de vigilância, mas não há ninguém por ali, só o seu pequeno rádio antigo que canta moda sertaneja, desligo o objeto e estou pronto pra sair quando uma das câmeras se mexe lentamente, revelando algo assustador.
Uma pessoa, roupas pretas, não há parte alguma de seu corpo descoberta, e o mais assustador é a máscara de porco que cobre seu rosto, está com um tipo de foice em suas mãos, a garrafa que seguro firmemente vai de encontro ao chão e dou alguns passos para trás em falso, batendo contra algo. Mãos tocam meu ombro e grito.
Apavorado!
- Caramba, Amor! – Mob diz com os olhos castanhos arregalados, me agarro ao seu corpo, inspiro e sinto cheiro, me acalmo aos poucos – Parece que viu um fantasma. Está pálido. Tá tudo bem?
Me viro para o visor e não há nada mais ali, só a piscina, aa água azul cintilante, pequenas ondas se formam com o vento forte.
- Juro que vi uma pessoa fantasiada na área da piscina – Minha voz falha e Mob me passa seus braços por minha cintura. Apoio minha testa em seu peito, seus batimentos também estão acelerados, com certeza o assustei – Era horroroso.
- Amor, com certeza isso é mais uma pegadinha estúpida de GS, vamos voltar pra cama! – Diz me puxando pra fora em direção ao quarto, no meio do caminho topamos com Joaquim que sai de um dos banheiros, ele nos cumprimenta sorridente. Me seguro para não perguntar se não viu alguém fantasiado de porco circulando por aí, mas temo que irá me achar louco. Então deixo de lado.
- Ei! – Mob deita de bruços, o queixo apoiado em meu peito, os olhos castanhos brilhantes – Não precisa ficar com medo. Eu tô aqui, vou te proteger! Prometo!
Ao lado de Marcos me sinto muito, mas muito mais seguro. Meus dedos vão até seu cabelo macio.
- Obrigado! – O beijo – Meu herói!
Mob se levanta e estufa o peito como um cavaleiro da idade média.
Como eu amo esse garoto!
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O que vocês acham? Que é zoeira de GS, ou algo a mais?
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Amor Sem Fronteiras - MOBICTOR - Finalizada
RomanceDepois das férias de verão, a correria volta a Mansão Loud, influenciadores estão animados com novos projetos e novas parcerias. Principalmente Mob que prepara um campeonato de Free Fire em parceria com Nobru. Só que algo o aflige, um sentimento pel...