Capítulo sete: Uma ficada e nada à mais

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—Vinícius?— Pergunto franzindo o cenho.

—Oi—Ele diz confuso. —O que está fazendo aqui?—

—Hã... não é da sua conta—digo de modo seco.

—Nossa! Calma aí!—Ele diz. —Só perguntei porque está tarde—

—Eu sei, estava naquela boate—apontei para o prédio movimentado. —E não pretendia sair tão tarde, mais, um cara tentou me agarrar—

—O que? Você está bem? Quem é ele?— ele pergunta.

—É, estou bem, é um idiota—Respondo todas as suas perguntas.

—Quer carona?—Ele pergunta sugestivo. Não posso aceitar, tenho que ficar longe desse homem irresistível.

—Não precisa, posso esperar um táxi—digo.

—Você vai ficar aqui sozinha esperando um táxi em plena 00:30?—Ele pergunta e não respondo. —Tudo bem, então— Ele fecha às janelas.

—Que droga...espera! Eu aceito a carona— digo receosa de ficar aqui sozinha, afinal, ultimamente não existe muita segurança na rua, ainda mais em plena madrugada.

—Certo, entra aí— dou a volta no carro e me sento no banco do carona.

Ele liga o carro logo dando partida, o encaro por um tempo. Ele estava com uma regata e uma bermuda cinza. Ele percebe o meu olhar e sorri de lado.

—O que foi?—Ele pergunta.

—Você fica diferente sem roupa social—

—Diferente bom ou ruim?— ele torna a perguntar.

—Bom— digo mordendo discretamente meu lábio inferior. —É uma pena que foi babaca comigo mais cedo—

—Desculpe, por aquilo. Eu não sei o que me deu, de verdade, eu nunca agi assim— Ele diz. —Estou envergonhado pela minha atitude—

—Essa merda me perturbou o resto do dia inteiro, mais posso esquecer. Mais se você falar aquilo novamente, juro que te mato e você não é a primeira pessoa que ameaço hoje— Jogo os meus cachos para trás e ele ri.

—Certo, vamos falar sobre o beijo?— ele pergunta lançando um rápido olhar para mim.

—Porque falar sobre isso, se foi apenas um beijo?—

—Sabe o que eu acho? Que você tem medo do amor— ele diz direto.

—Como vou ter medo de uma coisa inexistente?—

—Sei—ele diz.

—Sabe—digo arqueando uma sobrancelha.

—Como chegou tão alto? Tipo, como conseguiu fundar uma empresa com Lucas em tão pouco tempo?—ele pergunta e o encaro. —Me conta a sua história?—

—Porque você acha que eu iria contar a minha história para um desconhecido?— pergunto.

—Para deixarmos de ser desconhecidos, não é óbvio?—Ele diz. —Qual é? Estamos sozinhos nesse carro e sem assunto, por que não falar de nós mesmos?—

—Tudo bem, você começa— digo.

—Tá, eu começo...bem como você sabe a minha família é de bilionários, mas nunca curti esse negócio de usar o dinheiro deles, não sei. Acho que me sinto como um aproveitador, enfim, me formei em administração, meus pais não aceitaram muito bem o fato do filho deles não querer um centavo deles— ele dá uma pausa para olhar para a rua.

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