Capítulo quinze: Uma tarde normal em Miami

10 1 0
                                    

Eram exatamente 04:30 da manhã quando desperto do sono com batidas na porta.

—Já vai—caminhei tonta até a porta. Assim que abro vejo Vinícius. —Algum problema?—

—Eu vi você na boate—

—Legal?—

—Você dormiu com o cara?—

—Não é da sua conta— Cruzo meus braços.

—Só queria entender porque você age assim—

—Assim como?—

—Como uma qualquer, sai dando pra um e pra outro como se fosse a coisa mais normal do mundo—

—Ah! Mais você só pode estar de brincadeira né? Você vem na porta do meu quarto às quatro e pancada da manhã para ofender? É isso mesmo?—

—Fernanda, para pra pensar... Você me beijou no mesmo dia que transou com o cara. Isso é atitude certa de uma mulher?—

—Primeiramente que foi apenas um beijo e segundo: Não vem me dizer qual é a "atitude certa de uma mulher" foda-se essa merda. A atitude certa de uma mulher é ser independente e feliz, não me venha com essa merda de machismo—

Ele abre a boca mais não diz nada, covarde.

—Ah! E se você quer tanto falar em atitude certa, porque me beijou naquele elevador e marcou encontro para voltar com a sua ex?—

—Isso é completamente diferente—

—Diferente porque? Só porque você tem um pênis no meio da perna?—

—Não foi isso que eu quis dizer—

—Então o que foi? Vai explica, já que veio perturbar a minha noite de sono—

Ele fica em silêncio.

—Não tem nada à dizer não é? Sabe por que? Porque você deveria estar perturbando a Rebeca e não eu—

—Eu não tenho mais nada com ela—

—Não foi o que pareceu e de verdade, não me importo. Estou cansada e quero dormir— digo estressada. —Boa noite ou boa madrugada, sei lá—fecho a porta.

Ugh! Que merda.

Me jogo na cama, adormecendo logo em seguida.

11:00 da manhã.

Vou para a academia do hotel, para a minha surpresa o ambiente estava bem agitado.

Vou para a esteira e me perco totalmente na tecnologia da máquina.

—Ah droga—Digo para mim mesma. Queria tanto andar na esteira.

Teclo com a ponta dos dedos em toda a tela da máquina, mais sem sucesso.

—Quer ajuda?—ouço uma voz firme dizer, e dou um pulo de susto.

—Uh! Oi, sim por favor— O homem musculoso rapidamente liga o aparelho.

—Para ligar só basta clicar aqui-—ele mostra um botão atrás da tela. —E daqui é só ajustar—

—Nossa, obrigada—

—De nada, amor, eu sou o Brent— percebo a aliança em seu dedo. Comprometido. Esse não.

—Fernanda—

—Brasileira?—

—Nascida e criada—

—Eu amo o Brasil, sempre vou nas férias lá—

Renda-se Onde histórias criam vida. Descubra agora