—Você tem certeza?—Vinícius se senta na cama.
—Claro que tenho, no momento que eu ia tomar, Lívia me ligou e acabei me esquecendo dele em cima do prato—Abro a minha bolsa desesperada.
—E agora?—
—Tenho o comprimido do dia seguinte, vou tomar e vai ficar tudo bem— Digo tentando me acalmar, isso nunca, nunca havia acontecido comigo.
Assim que encontro a cartela, pego um comprimido.
Coloco a minha camisola rapidamente, e Vinícius coloca a sua cueca e depois a calça.
—Vou tomar o remédio e já venho— Abro a porta sem esperar uma resposta dele, desço as escadas correndo, já que eu estava descalça era mais rápido.
Abro o armário da cozinha da minha mãe e pego um copo, o encho de água, coloco o pequeno comprimido na boca e desce pela minha garganta junto com a água.
Solto um respiro aliviada.
Me viro e me assusto por ver Vitória sentada na mesa da cozinha, segurando uma xícara na mão com os olhos em mim. Analisando a minha expressão suspeita.
—Prima, oi... O que faz aí?— Digo disfarçando o meu nervosismo.
—Daniel dormiu tarde, então vim tomar um café para relaxar.... E você? Parece tensa—
—Eu não estou— Me viro de costas para ela, começo a lavar o copo.
—Desculpa te perguntar... Mais o que você tomou?—
—Foi um remédio para..... Dor de cabeça, sabe? Toda aquela discussão foi demais para a minha cabeça— Minto.
—Ah é, eu ouvi tudo— Ela para ao meu lado me observando.
Já sentiu quando você mente, mais parece que a pessoa sabe de toda a verdade? E fica te analisando para ver até onde a sua mentira vai chegar.
Me sinto exatamente assim agora perto dela.
—Então eu vou dormir Vick, boa noite e descansa— Digo tocando o ombro dela.
—Você também prima, e se cuida—
Subo as escadas mais devagar agora, entro no quarto e vejo Carol sentada na minha cama ao lado de Vinícius.
—De novo Carol?— Pergunto revirando os olhos. Vinícius me encara em silêncio.
—Vim falar com Vinícius, não posso não?—Ela cruza os braços.
—Não quando estiver me incomodando—
—E como estou te incomodando?—
—Você aqui no meu quarto em plena as duas da manhã—ela encara Vinícius e depois volta a me encarar.
—Vinícius não está incomodado, muito pelo contrário— ela sorri pra ele.
—Eu sou o Vinícius por acaso? Estou falando de mim, parece maluca—
—Fernanda você está muito incomodada, não acha?—respiro fundo tentando não xingar ela e nem a mãe dela.
—Carol, eu só quero dormir. Está bem?—
—Ta bom!— ela se levanta. —Quero conversar com você amanhã—ela diz e assinto com a cabeça. —Tchau Vinícius, gostei de conversar com você— ela vai para beija-lo mais Vinícius vira o rosto e o beijo dela vai para a sua bochecha.
—Também gostei— ele diz se afastando dela.
Carol passa por mim saindo do quarto, fecho a porta e tranco.
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Renda-se
CasualeFernanda Garcia, uma mulher linda, elegante e determinada. Tem 26 anos de pura inteligência, com seu charme sempre tem um homem diferente em sua cama para a satisfazer, mas no dia seguinte ela os dispensa. Amor para ela é algo fictício, patético. R...