Capítulo treze: Reviravolta

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Assim que terminei de vomitar, me levanto do chão e ao invés de ver Lucas, para a minha surpresa era Vinícius ali me encarando preocupado.

Dou descarga no banheiro e lavo a minha boca, jogando água no meu rosto e pescoço.

—O que houve com você?—Sua voz é tão calma.

—Um dos meus mini surtos, como Lucas gosta de dizer. Nada de mais—digo encarando a pia.

—Mais...você está bem agora?—

—Sim, só preciso do meu remédio—Digo saindo do banheiro.

Abro a minha bolsa, pego um comprimido, pego um copo e coloco água.

Coloco na minha língua, bebo água e sinto o comprimido descer pela minha garganta.

Me viro e Vinícius ainda estava parado me encarando.

—Quer algo?—Pergunto colocando o copo em ao lado da garrafa.

—Não, eu apenas fiquei preocupado... Vi você andando pelo corredor quase caindo, achei que tinha sido envenenada— Franzi o cenho. —Mais vejo que estava equivocado, vou deixar você descansar—Ele se vira.

Ando com ele até a porta.

—Não se esqueça da nossa reunião na praia amanhã—Ele diz.

—Claro, não vou esquecer—ele continua parado, tenho a impressão que ele quer falar algo mais está apreensivo.

—Descansa— Ele diz por fim e abre a porta do seu quarto, logo em seguida a fecha.

Esse cara é doido, só pode ser.

Fecho a porta e a tranco, e vou direto para o banho.

                                       •

Eram 01:56 da Manhã quando ouço uns gritos no quarto de Vinícius, gritos altos, mais não de discussão e sim de Sexo.

Quem em sã consciência geme daquele jeito? Parecia uma atriz pornô.

Tampo meus ouvidos com as mãos em busca de silêncio, mais para a minha sorte as paredes do hotel eram finas, dava para ouvir a merda toda.

—Oooh! Yeah! Fuck-me baby!— Uma mulher gritava. E mais gemidos de Vinícius, vem em seguida.

Consigo ouvir até o barulho de suas peles se chocando.

—Ah! Não, isso já é demais—Me levanto determinada a reclamar daquele barulho. Ninguém merece.

Bato na porta de Vinícius, minhas batidas são seguidas , sem pausas, para demonstrar a minha irritação.

A porta se abre e uma mulher loira com os seios de fora me encara, seus cabelos estavam uma bagunça só.

—Sim?—ela pergunta com a voz puxada.

—Chama o Vinícius—

-—Vini! Uma mulher quer te ver!— fecho os olhos ao ouvir seu grito ensurdecedor. Puta merda! Que mulher escandalosa.

Ela se afasta da porta e Vinícius aparece de cueca. Ele me encara, sua boca estava toda marcada de baton roxo. Animais!

—Olha, está difícil dormir com todo esse barulho—

—Nunca esteve num hotel antes? É assim que as coisas funcionam—Ele mal abre a boca e já sinto de longe o cheiro de álcool. —Vai cuidar da sua vida e esquece da minha—

—Para de ser idiota. Está fazendo isso de propósito porque que sabe que estou no quarto ao lado e tenho que dormir—

—Isso não tem nada haver com você, isso posso garantir. Agora me dá licença que quero continuar de onde parei—Ele fecha a porta.

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