Uma semana se passou, Aro disse que amanhã eu iria ver meus pais, de longe mais ainda sim eu os veria.Eu estava em um jardim junto de alguns vampiros do alto e baixo escalão. Eles treinavam e decidi ser a plateia já que estava me sentindo entediada no quarto.
Dimitri agora lutava com Remus, o vampiro camaleão.Remus era sem dúvidas muito bonito. Ele tinha cabelos dourados curtos, eu podia ver que eram cacheados, porém pelo corte curto, apenas um belo ondulado era visível nas poucas pontas da cabeleira.
Eu fico imaginando que cor eram seus olhos antes dele ser um vampiro. Azuis pareciam combinar perfeitamente, tanto pela cor de seus cabelos, quando pela aparência angelical. Mas obviamente a imortalidade ampliava aquilo.Vejo Alec perto de Jane e Félix do outro lado do jardim. Seus olhos se encontram com os meus, mas o contato dura pouco quando a luta acaba e eu dirijo o olhar para o meu novo melhor amigo.
— Você parece entediada, o que há? — ele pergunta se sentando no meu lado.
— Esse castelo me deixa assim, o que posso fazer? — dou de ombros. — Você não deveria ganhar em uma luta? Pelo que sei os recém nascido são mais fortes.
— Bom, sim. Mas Dimitri tem séculos nas costas e muita experiência.
— O que você fazia antes? — pergunto curiosa.
— Estava no segundo ano da faculdade de medicina.
Wow!
— De salvar vidas para tirá-las. Que reviravolta!
— Pois é, pois é. E você, se ainda tivesse sua vida monótona... O que faria?
— Não tenho ideia. Nunca pensei o que queria ser e não acho que agora vai adiantar algo. Mas eu sempre quis conhecer o mundo e bem, criar raízes.
— Sinto muito. Se te faz sentir menos solitária... Eu fiquei arrasado sabendo que meu grande sonho de ser médico não se tornará realidade. Você não está nesse barco sozinha.
Sorrio de forma amistosa e então meu olhar se foca em uma figura vindo até nós como um dragão soltando fumaça.
Irônico.
— Hora de ir Lyra! — sua mão agarra o meu pulso bruscamente me fazendo levantar.
— Hey, tá machucando Alec!
Ele não parece se importar e me arrasta dali, atraindo olhares em nossa direção.
Alec me leva até o quarto e fica parado em minha frente, fuminando com raiva.— Não quero perto de Remus, não preciso ter minha companheira se esfregando com um moribundo e dando-me fama.
Mais do que diabos ele tá falando?
— Eu não fiz nada.
— Continue assim! Tenho um posto a zelar, o que acham que pensam em ver você cheia de graça com aquele vampiro?
Ele tá querendo ser moralista? Mais que hipocrisia!
Apesar de eu não ter feito nada, agora a coragem de enfrentar Alec Volturi dominou o meu corpo.
— Você é muito hipócrita! Pelo visto sua memória de vampiro não é tão boa. Pelo que lembro era você quem estava fodendo Heidi outro dia e eu apenas estava conversando sem intenção alguma com Remus, afinal, ele é o mais novo de todos dos os vampiros do castelo, cujo também teve sua vida interrompida sem permissão do mesmo. Parece familiar?
— Minha memória é boa, e lembro perfeitamente do corpo de Heidi em cima do meu enquanto eu a fodia. — aí. — Coisa que não é da sua conta e que não dou a mínima se acontecer novamente. — pesado, muito pesado Alec. — Mas isso não se aplica em você, então ficará aqui até o jantar como um leve castigo por me enfrentar, ou pelo menos tentar.
Com isso ele bate a porta ao sair.
Ele tava fodido.
Quem ele pensa que é?
Eu não era rancorosa, mas não ia dar o gostinho da vitória pra ele.
Mas não mesmo.
De noite, saio para ir até a cozinha comer alguma coisa. Eu estava ansiosa pela chegado do amanhã. Eu veria minha família.
— Porque esse sorriso? — tomo um susto e vejo Remus sentado ao meu lado.
Hum...
— Aro permitiu que eu visse meus pais uma última vez, estou ansiosa pra amanhã.
— Generoso da parte dele, não acha?
Muito.
— Bom, pelo menos eu vou vê-los.
Continuamos a conversa até que Remus petrifica no lugar, seu corpo tenso enquanto olhava para mim com pesar.
A olho interrogativa e então olho para trás, vendo Alec nos olhar com ódio eminente.
Hum...
— Desculpa por isso. — apenas movo meus lábios sabendo que o camaleão entenderia, e então ele me olha confuso antes de eu reagir.
Colo meus lábios nos dele o fazendo ficar surpreso com o ato. Mas logo sua língua encontra a minha. O beijo é bom, seu hálito cheira a hortelã e cravos.
Apesar de Remus saber que iria se foder por isso, ele não recua.Mas o fazem recuar de forma agressiva.
Alec apenas me lança um olhar mortal e desaparece levando o camaleão junto.
Ele não mataria Remus, acredito que não possa fazer isso sem uma ordem dos seus mestres.
Na amanhã seguinte as dez em ponto eu já estava pronta. Não tinha visto Alec e acredito que também não veria Remus tão cedo.
Eu usava um vestido cor vinho, e um par de botinhas pretas. Deixei meus cabelos soltos e me senti bem com aquela roupa.
Aro tinha me informado que encontraria meus pais perto do meio dia, então quando fiquei pronta e terminei meu café da manhã, encontrei Félix que me acompanhou até a sala dos tronos.
Eu não sabia onde eu os veria, sabia que era a distância apenas.
Era quase meio dia quando Félix e eu entramos na sala dos tronos. Vi Alec ao lado de Jane e Dimitri perto dos tronos.
Caius e Marcus estavam de pé um pouco atrás de Aro que sorriu ao me ver entrar.
Pude perceber o sorriso de Alec, perverso e malicioso em minha direção fazendo um arrepio subir pela minha espinha.Tinha algo de errado.
Eu estava mais afastada do centro da sala dos tronos, quase que escondido perto de Félix que percebeu uma estranha preocupação em mim.
A porta se abre e vejo Heidi entrar com um bando de gente. Turistas. Humanos.
Não.
Ele não faria isso.
Faria?
Então eu os vejo. Eles estão por últimos, observando a arquitetura no local. E então começou.
Eu não tive reação, meu corpo congelou ao ver Alec grudar suas presas no pescoço dos meus pais. Sugando suas vidas. Primeiro meu pai e depois a minha mãe. Seus corpos sem vidas caíram no cão frio da sala, e os olhos camarim do assassino dos meus pais encontraram com os meus.
Meus pais estavam mortos.
E eu sabia que a culpa era minha. Sabia que minha ação da noite passada causou suas mortes.
Alec matou o que iria restar da minha vida humana.
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𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐄𝐈𝐑𝐀「𝐚𝐥𝐞𝐜 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢」PAUSADA
VampireLyrα ɴυɴcα ιмαɢιɴoυ qυe ѕυα vιdα ια мυdαr qυαɴdo erα prα ѕer υмα ѕιмpleѕ ɴoιтe ɴα Iтάlια. O ɢêмeo вrυхo coмo é мυιтo coɴнecιdo ɴυɴcα ιмαɢιɴαrια eɴcoɴтrαr ѕυα αlмα ɢêмeα, αғιɴαl, ele erα coɴѕιderαdo υм ѕer ѕeм corαçα̃o, υм ѕer ѕeм poder αмαr. Iѕ...