15| confusão mental

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Eu olhava para a sala vazia totalmente atônita.

Puta merda! Puta merda! Catapimbas!

Tomo controle do meu corpo e saio da sala vagando pelos corredores do castelo completamente sem rumo. Eu não podia ir para o quarto de Alec, até porque eu sem querer o destruí. Meu novo quarto era no corredor vizinho, não era tão diferente do quarto do gêmeo, apesar de ser um pouco menor e cor cores claras.
As paredes eram em um tom de branco, porém o chão de madeira escura deixava com uma aparência quase acinzentada.
A cama gigante, poderia caber umas sete pessoas — coisa exagerada — em vez de um guarda roupa embutido, havia um pequeno closet ao lado da porta do banheiro. Enquanto eu ganhava um quarto novo, Alec esperava o seu de volta, enquanto isso usava o de sua irmã.

Me sento na cama e encaro o meu reflexo no enorme espelho que tinha do lado da cama.

Alec me beijou.

Carambolas.

Eu tava em choque.

E com razão. Depois de tudo, o máximo que poderia esperar dele era a morte ou mais arrogância e não a porra de um beijo. E que beijo! Eu podia sentir seu gosto em meus lábios, eram muito presente ainda.

Eu precisava me acalmar, precisava aquietar o meu coração, esse que parecia um terremoto batendo freneticamente no meu peito, atrás do meu esterno.

Deixo a água quente cair sobre o meu corpo enquanto minha mente parecia entrar em colapso e meu corpo em combustão. Desse vez eu realmente não sabia o que falar e muito menos reagir.
Como iria olhar para ele outra vez, será teria um clima estranho — mais estanho do que já está — será que alguém iria reparar, pior.

Será que alguém sabe o que aconteceu?
Beijos fazem barulho de lábios e línguas em combates, será que... Merda, que vergonha.

Não é igual beijar sua primeira paixonite e seus colegas ficarem sabendo. É a porra de um beijo com um vampiro em um castelo com muitos vampiros.

— Lyra? Tá tudo bem, você tá a uma hora debaixo da água...

Uma hora? Se passou tanto tempo assim?

— Hum... Nem percebi, já tô indo Jane.

Após desligar o chuveiro me enrolo na toalha macia e saio do banheiro. Jane estava olhado pela janela enquanto eu procurava algo para me vestir.

— Cansada?

Murmuro um simples "uhum" e vejo pela entrada do closet ela se virar para mim.
Evito seu olhar, afinal, eu tava nervosa e eu tinha acabado de beijar o irmão dela.

— Está bem? — repito o processo de resposta e a vampira ergue as sobrancelhas. — Não tenho certeza disso... Lyra? — saio do closet já vestida com uma calça de moletom preta e uma blusa de lã cinza escura e pantufas de garras. Sim, eu era imatura a esse ponto.

— Eu beijei Alec. Digo, ele me beijou e eu retribui.

Jane me encara atônita. Nem ela pareceu acreditar nisso, eu até agora não acredito.

Minha nossa.

— Minha nossa! — repito e me sinto na cama, ainda de frente para a loira. — Eu não entendo. Uma hora ele é arrogante, possessivo, malvado, aí do nada fica carinhoso, gentil, e acaba me beijando. Por acaso seu irmão sobre de transtorno bipolar? — pergunto completamente confusa enquanto a mesma ri de mim.

Ri ainda é pouco, ela gargalha.

Jane Volturi gargalha, isso sim é novidade.

Tô em choque.

— Lyra... Alec apesar de ter mais de mil anos, é inexperiente com esse tipo de coisa. Ele nunca teve sentimentos por ninguém, nunca amou ou foi amado de forma não fraternal. É uma coisa nova pra ele e bem, sentimentos como esse o deixam apavorados.

— Você fala como se eu fosse experiente. Antes de nós beijar, eu só tinha beijado duas pessoas na vida. E uma delas foi pra provocar seu irmão.

— É, Alec me contou sobre. Você é burra, mas é adorável ver meu irmão quicando de raiva. Ele deu uma bela surra em Remus, só não matou porque Aro não permitiu.

— Tenho que me desculpar com Remus falado nisso. — disse me sentindo culpada. — Jane... Você nunca encontrou a sua alma gêmea? — pergunto curiosa.

Jane me olha por breves segundos antes de suspirar.

— Já. O nome dela é Bonnie, ela fez parte da guarda a alguns séculos atrás, mas hoje vive como nômade na nossa casa de campo no Texas. Você iria gostar dela, seriam até boas amigas, você me lembra muito ela, o jeito sentimental, sereno, mas uma criatura raivosa quando precisa. — Jane fala dela tão apaixonadamente que me cativa.

— Como ela é?

— Ela é muito garota do campo, por isso não se adaptou aqui. Cabelos castanhos claros, sardas pelo nariz e bochechas, bochechas meio arredondadas. Quando humana possuía olhos cor verde, tão intensos e delicados. Eu a transformei em 1929, no Texas meses depois que a conheci.

Wow! E eu aqui pensando que os gemêos Volturi eram desprovidos de amar. Pelo menos Jane não era.

Apesar do querido destino me colocar no caminho de Alec, apesar de ser sua companheira, as coisas não seriam tão facies. Sem sombras de duvidas que não seriam. Ele havia a machucado, de inumeras formas. Primeiro aquele surto que resultou em um grande hematoma, depois e até agora menos importante, saber que ele havia ficado com Heidi, e o principal de tudo, seus pais. Ela não deixaria o caminho fácil para Alec finalmente chegar ao seu debilitado coração.

Mais ai vem a pergunta.

Alec estaria querendo? Ela não sabia, não sabia o que aquele beijo representava para o vampiro. Mal sabia o que representava para eçla mesmo.

Ela ainda tinha três semanas como humana, e ela tinha que aproveitar os benefícios do que sua futura vida antiga tinha a oferecer.

— Jane. Eu tava aqui pensando... Eu serei transformada em breve e bem, eu tenho apenas dezasseis anos e nunca aproveitei nada da vida humana. — a loira a observou com cautela, temendo que a humana quisesse por a vida em risco. — Sera que eu poderia aproveitar essas últimas três semanas fazendo o que adolescentes humanos fazem? — ela perguntou, cheia de esperanças que a vampira aceitasse.

— Como o que Lyra?

— Mentalizei uma listinha curta. Mas pode ficar tranquila, não é nada perigoso.

Talvez não seria tão perigoso. Eu estava em êxtase quando eu voltei da quarta coisa minha lista.

— Bungee jump? Tu pulou de bungee jump Lyra? Eu pensei que você tinha falado sem perigo e não pular de uma altura de mais noventa metros aonde é presa por um elástico.

— Eu to inteira não to? Então relaxa, Dimitri me trouxe viva e sem faltar nenhum fio de cabelo.

Alec rola os olhos desgososto. Na sua mente se passava uma grande surra que ele daria no rastreador, mas agradecia que a humana estivesse intacta.

— Qual a proxima coisa da lista? Já disse que acho isso ridículo? Você é a única pessoa que faz uma lista de coisas pra de fazer antes de ser uma vampira.

Em dois dias, Dimitri e Félix haviam me ajudado a realizar algumas coisas da lista. Conhecer o Grand Cenyon e a torre Eiffel foram os primeiros, saimos no dia seguinte indo primeiro para o Arizona e depois pra Paris. Eu tinha pedido pra tentar derrubar Félix com uma barra de metal.

Resultado, a barra se quebrou no primeiro golpe.

— Relaxa Alec.

— Proximo... — diz Jane.

— Eu quero ficar bebada, eu quero ver qual a graça de encher a cara.

Alec solta um rosnado, ele ja tinha me visto alegre, passando um pouco do limite próximo a vampiros.

Agora ele teria que me aturar completamente chapada.

𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐄𝐈𝐑𝐀「𝐚𝐥𝐞𝐜 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢」PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora