09| peculiaridade feminina

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Dentro da casa noturna, eu me aproximo do bar, eu precisava manter minha coragem, eu precisava de um drink.

— Um martini, por favor. — digo ao barman e quando ele se vira posso ver seus olhos carmesim.

Ele inala o ar e me olha sorrindo, agora com seus olhos negros.

— Claro gracinha.

Eu não faço ideia de como os Volturi estariam me vigiando, mas eu rezava para que estivessem mesmo. Pego o copo da mão do vampiro e dou um gole sentido a bebida queimar suavemente a minha garganta.

Coragem...
Eu preciso de coragem.

Viro todo o líquido garganta abaixo e peço outro.

— É maior de idade?

— Eu estou aqui não estou?

Eu já não sabia quanto tempo eu estava aqui, em nenhum momento vi Alec, Jane, Dimitri ou Félix. E esse tempo de espera já tinha me rendido alguns goles.

Quando o sexto martini acaba, eu pud ver os Volturi descendo a escada. As pessoas abriam passagem pra que eles pudessem atravessar a pista de dança.

Era a minha deixa.

— Já vai docinho? — uma mão fria segura meu antebraço, me impedindo de sair do lugar.

Eu não havia notado que outros dois vampiros tinham se aproximado. Ambos eram loiros, iguais a cabeleira de Caius, um pouco mais escuros que os de Jane. Seus olhos estavam em um vermelho desbotado e eu sabia o que aquilo significava.

Já fazia um tempo desde a última alimentação.

— Infelizmente. Tenho que receber minha irmãzinha. — olho para a porta da boate, vendo Alec com seus olhos grudados em mim.

— Espero encontrar a senhorita logo. — o vampiro diz.

Apenas lhe dou um sorriso e começo a andar até sair da casa noturna. Eu tropeço algumas vezes do lado de fora.

Talvez eu não devesse ter ingerido tanto álcool. Era a minha primeira vez bebendo. Abro a porta do carro vendo o gêmeo lá dentro a minha espera.

— Está bêbada?

— Estou alegre Alec. — respondo. — Vocês demoraram e eu não sabia o que fazer além de ficar sentada no bar esperando e sendo avaliada por um vampiro. Eu precisava de coragem pra não sair correndo. — digo.

— Isso é imprudente, se você precisasse correr agora, conseguiria? Eu aposto que não!

— Mesmo sóbria, não acho que escaparia de um vampiro. — ironizo. — Mas pra um vampiro, você é até lerdo. — digo socando seu ombro fracamente. Não queria quebrar a minha mão.

— Sou um vampiro Lyra, isso não tem cabimento.

— É tão manchinho, tem certeza que é um vampiro?

O álcool dava coragem mesmo. Olha só, estou insultando o meu predador.

Ele solta um rosnado e me olha com seus olhos negros.

— Se machucou?

— Hãn? Não, bem, não que eu tenha visto. — vasculho o meu corpo a procura de algum ferimento. Então sinto algo molhado entre as minhas pernas.

Mas que maravilha!

— Acho que eu sei o que acabou de acontecer. — digo constrangida.

— Como assim? Da onde tá vindo esse cheiro de sangue Lyra? — sua voz soa nervosa.

Como eu diria isso? Mas que bosta, todos iriam sentir.

— Lyra!

— Eu acabei... Acabei de menstruar. — digo baixo, olhando pra fora da janela do carro.

— O que? Droga!

— Desculpa.

— Isso não é culpa sua. Só que não me lembrava que mulheres humanas tinham essa necessidade.

— Isso vai ser um problema?

— No castelo sim. — ele responde. — Darei um jeito. — sinto o carro parar. — Eles saíram pra caçar, mandarei uma mensagem pra Jane, pedindo que vá até a farmácia. — diz quando entramos na casa.

— Os vampiros que estavam com vocês, eles sentiram o meu cheiro?

Ele afirma com a cabeça — Alguns até queriam descer para procurar da onde vinha. Seu aroma é inconfundível, eles te achariam rapidinho.

Não pude deixar de apreciar Alec. Ele sem dúvidas era um vampiro lindo e duvido que quando humano ele não tivesse sido também.

Depois disso não trocamos mais nenhuma palavra. Eu entro no banheiro tirando o vestido e deixando a água quente cair sobre o meu corpo. Só sairia quando Jane voltasse com os tampões.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, mas ouvi a voz da gêmea ao abrir a porta do banheiro.

— Sua última menstruação, eu não tive muitas quando humana. Lembro que a minha primeira voz dois anos antes de eu me transformar, ou seja, apenas por vinte e quatro meses.

— Até isso é atrativo pra vocês? Tipo, é sangue morto...

— Sangue é sangue, mas tenho certeza que apesar do cheiro ser bom, o gosto...

— Ok, entendi. Obrigada Jane.

Após me secar e me vestir eu saio do banheiro indo até a cozinha. Eu estava faminta. Alec tinha saído para caçar, então eu estava acompanhada da sua gêmea, do gigante e do bajulador.

É, Dimitri ganhou um novo apelido.

Bajulador barato de humanas destinadas e fadadas a imortalidade.

Ligo a televisão colocando em qualquer canal apenas pra ocupar o silêncio quando Dimitri se levanta bruscamente se posicionando de frente para a entrada da fazenda.

Félix o acompanhada junto a Jane.

— O que tá acontecendo?

— Te seguiram. E sabe que não está só. — o rastreador diz.

Meus olhos aumentam de tamanho e eu me levanto do sofá, olhando assustada para a porta.

Um vulto muito rápido atravessa a porta e vejo que era Alec. Ele foi lançado batendo suas costas contra a televisão que se partiu ao meio.

Alec se coloca em pé e se posiciona na minha frente rosnando para o que quer que esteja lá fora.

— Ele estava acompanhado, com outros dois vampiros. Consegui matar seus amigos, mas ele, minha névoa não o alcançou. Jane, faça a honras quando ele chegar.

— Ele está rondando a casa, sabe que não vamos deixar que a pegue.

Em um piscar de olhos, ali estava ele.

Na nossa frente.

Tão assustador e intimidante.

Eu estava apavorada.

Eu não era religiosa, mas não pude deixar de rezar mentalmente.

——————

capítulo curto.
estou sem celular, então perdoe por não caprichar nesse capítulo.

irei postar alguns bônus caso não poste semana que vem.

até a próxima.

𝐂𝐎𝐌𝐏𝐀𝐍𝐇𝐄𝐈𝐑𝐀「𝐚𝐥𝐞𝐜 𝐯𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢」PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora