* Capítulo 38

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Eu estava tão nervosa que nem conseguia respirar direito, andava de um lado para o outro olhando para aquela arma em minhas mãos, eu estava pensando muito no que fazer com ela, minha cabeça estava a mil por segundos.
Então a porta se abriu e eu parei escondendo a arma atrás de mim e o olhando tensa, ele trajava apenas sua calça jeans, o cabelo molhado indicando que jogou água em sua cabeça, então ele franziu o cenho me encarando e eu fiquei mais nervosa.

_ Ainda quer continuar com a mesma merda?_ Perguntou e eu fiquei imóvel_ Julianna, não me faça perder a paciência contigo!_ Falou suspirando e entrou no closet.

Eu já tremia, eu simplesmente não estava conseguindo reagir, nem ao menos apontar a arma para ele, fechei meus olhos e contei até três no meu interior, tentando me acalmar e buscando forças.
Rodrigo saiu do Closet vestindo outra camiseta e quando olhou para o criado mudo seu semblante mudou, voltou a olhar para mim.

_ Onde está?_ Perguntou se referindo a arma e eu não perdi tempo, apontei para ele tremendo muito.

_ Me deixe ir ou eu atiro em você!_ Falei firme e ele levantou as mãos me Olhando sereno_ Nem tente se aproximar!_ Falei escondendo o medo e ele riu leve.

_ Você mal sabe segurar essa arma, está se tremendo toda, abaixe isso antes que se machuque!_ Falou calmamente e eu neguei com a cabeça_ Julianna, pense bem no que está fazendo, depois não se arrependa!_ Falou ameaçador andando na minha direção.

Eu estava com medo, quando o vi marcar passos em minha direção, eu apertei o gatilho instantaneamente, porém, não o atingi, desviei pelo peso que senti ao disparar e ele pulou para o lado me olhando furioso.

_ Não chegue perto!_ Gritei.

_ Você está louca? Me dê isso agora!_ Gritou estendendo a mão e eu neguei_ Julianna..._ Falou impaciente.

Olhei para a porta do quarto e ele me acompanhou, logo pensei " Corra, agora é tudo ou nada" e foi o que fiz, mal me mexi e o Rodrigo veio atrás, eu virei a maçaneta abrindo a porta e quando estava prestes a sair, meu corpo foi empurrado com tudo na parede e bati as costas com força.

_ Aí!_ Gemi pelo impacto_ Me solta!_ Falei lutando com ele que me prendia.

_ Larga essa arma, desgraçada!_ Falou pegando meu braço com força e travamos uma batalha.

Sem querer apertei de novo o gatilho, mas como ele elevou meu braço, então foi um tiro no ar, ele me pegou pelo cabelo e bateu minha cabeça na parede me deixando tonta, então torceu meu braço e eu larguei a arma gritando de dor.

_ Não me faça nada, por favor!_ Falei me encolhendo quando ele levantou a mão para me bater_ Não me bate, eu te imploro!_ falei chorando e a minha cabeça doía.

Ele ficou me olhando e lentamente baixou sua mão, respirando fundo, ele pegou a arma do chão e continuou me encarando, eu não conseguia olha-lo direito, eu falhei, eu não consegui, agora estava morrendo de medo dele nos machucar.

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Chorando eu me olhava no espelho e com um algodão limpava o machucado que fiz na testa após ele bater com a minha cabeça na parede, eu estava desesperada agora, não sei mais o que fazer.
Será que meu destino é ficar para sempre com ele? Eu não queria isso, não mesmo. Eu tenho uma criança em meu ventre e preciso protege-la até nascer, essa era a minha missão agora.

O  passado não ficaOnde histórias criam vida. Descubra agora