* Capítulo 24

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Rodrigo me colocou sentada no sofá, pegou seu computador e veio até mim, se sentou do meu lado e apertou play para alguns vídeos. A medida que eu fui ouvindo, eu ficava cada vez mais horrorizada, como foi que ele conseguiu esses depoimentos todos?

_ Seu tio, poderá viver o resto dos seus dias na cadeia, isso se ele sair daquele hospital!_ Falou me olhando.

Eram em média cinco mulheres, agora entre os vinte e vinte cinco anos, elas explicavam tudo o que passaram nas mãos do tio César, eu estava estática. Olhei para o Rodrigo e ele fechou o computador, logo passei as mãos no rosto.

_ Como foi que você conseguiu isso?_ Perguntei ainda assustada e ele tirou a pendrive do seu computador.

_ Pode usar como prova, se quiser!_ Falou me entregando a pendrive e ignorando totalmente minhas perguntas_ Mas vai ficar me devendo essa!_ Falou assim que peguei.

Esse seria o ultimato para a prisão do tio César, nesse momento eu já nem estava me importando se o estava devendo ou não, eu só queria me livrar dessa história o quanto antes.

_ Eu precisava mesmo de testemunhas, e essas não podiam ser melhores para acelerar o processo!_ Falei com um pingo de esperança.

Rodrigo olhava para mim com detalhes, ele olhava de forma estranha, como se agora eu fosse de facto sua propriedade, isso me incomodava bastante. Me levantei do sofá e peguei na minha bolsa pronta para sair, mas a sua voz me impediu.

_ Aonde pensa que vai?_ Perguntou e eu Suspirei fechando os olhos_ Quando eu disse que ficaria me devendo essa, eu não estava brincando!_ Falou e eu me virei para ele.

Ele andou até mim e me pegou pelo braço, andou comigo até o sofá e se sentou, olhou para mim por um tempo e eu permaneci em pé, de frente para ele o olhando.
Rodrigo abriu sua calça e com agilidade tirou seu membro fora o segurando, eu apenas o olhava.

_ Se ajoelhe!_ Falou ordenando e eu mordi meu lábio nervosa_ Anda logo!_ Falou e eu me ajoelhei.

Coloquei minha bolsa no sofá de volta e logo entendi o que tinha que fazer, então segurei seu membro e o abocanhei. Ele logo gemeu e suas mãos foram em minha cabeça empurrando mais.

Tudo o que eu menos queria nesse momento era estar nessa situação, mas é nisso que me tornei e ele estava me ajudando muito com essas provas.

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| 14:30hrs da tarde

Parei o carro em frente ao hospital e logo o desliguei, me apoiei no volante e baixei minha cabeça, fechei meus olhos e por instantes me desliguei desse mundo, eu estava dando um passo a mais na minha vida, me livrando desse peso, mas ainda assim eu me sentia pra baixo, totalmente decepcionada comigo mesma, ainda me sentia um lixo.
Era como se tudo o que senti durante anos, nunca mais sumiria, mesmo que eu fizesse tudo certo, mesmo que me livrasse, ainda assim minhas asas estariam cortadas e não conseguiria voar.

Abri meus olhos e voltei a realidade, peguei minha bolsa e tomei coragem para descer do carro, logo comecei a andar para dentro, prendi meu cabelo com uma molinha e cheguei perto da recepção pedindo informações.

_ Quarto 302!_ Falou ela e eu agradeço com apenas um sorriso e me distancio.

Peguei o elevador, parei no andar correspondente  e comecei a andar em direção ao quarto, já pelo corredor vi a minha mãe abraçada a Fernanda que ainda chorava bastante, tão logo minha mãe me viu, ela sussurrou algo no ouvido dela e a Fernanda se virou me vendo.

O  passado não ficaOnde histórias criam vida. Descubra agora