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| Dois meses depois
Os dias iam-se passando e ainda assim eu me sentia presa no tempo, todos os dias era a mesma rotina, universidade, trabalho e o restante do tempo em casa sozinha e estudando bastante pois prometi a mim mesma que não ia vacilar.Estou agora com cinco meses de gravidez e a cada dia que passa fico mais ansiosa com o dia da sua chegada.
Vivo prometendo para mim mesma que irei cuida-lo bem, protegê-lo e acompanha-lo, jamais o abandonarei pois sei como é se sentir tão só, mas todas as manhãs acordo confusa, me dava um desiquilíbrio emocional que chegava a me perguntar por que razão resolvi seguir com essa gravidez, mas eu estou aprendendo a ama-lo.Amanhã mesmo irei a consulta e finalmente poderei saber se será "ela ou ela" , seja o que for, eu ia quere-lo muito. Não me canso de ler revistas sobre mães e seus bebés, Capto todas as informações sobre como cuidar de um bebê, tenho comprado bastantes roupas, pois não resisto a uma loja, ontem mesmo minha mãe mandou entregar um berço branco lindo demais de presente, liguei para agradece-la e só foi dessa maneira que mantivemos uma conversa de ao menos trinta minutos, porque ela nunca mais puxou um assunto longo como antigamente e eu sinto muito a falta dela e do meu pai.
Estava estudando, lia alguns livros sentada no sofá e de repente sinto um chute, logo paro de ler e seguro minha barriga sorrindo, sinto mais um chute e não consigo parar de rir.
_ Meu bebê, você deve estar cansado, não é mesmo?_ Falei olhando para a minha barriga e acariciando_ Mamãe precisa estudar, assim conseguirei dar a você tudo o que quiser..._ Falei e ele deu outro chute me emocionando.
Me levantei do sofá e andei até a cozinha, estava com fome e talvez seja por isso também que ele chutava, não sei, ele ou ela tem sido minha companhia e dei um significado a cada chute, assim consigo conversar com alguém.
Preparei em uma tigela iogurte natural adocicado com flocos de aveia e me sentei no balcão comendo, meu celular toca e eu logo vou atrás em busca do mesmo._ Onde será que eu coloquei?_ Falo procurando pela sala_ Ah, achei!_ Falei o tirando debaixo dos livros.
Olhei no visor e era a minha mãe fazendo uma chamada de vídeo, sorri contente e me sentei no sofá atendendo.
| Chamada de vídeo on:
_ Julianna?
_ Oi mãe, que bom que você ligou, como você está?
_ Eu estou bem, não se preocupe...e você como está? O meu neto ou neta?
_ Nós estamos bem, mãe... você nem vai acreditar o bebê chutou três vezes, foi maravilhoso!
_ É a melhor sensação do mundo...logo ele vai nascer e aí também sentirá outras emoções...
( Ela parecia distante, não sorria enquanto falava e isso me deixa triste. Ela já não sente tanto prazer em falar comigo? Meu pai nem estava na chamada, Suspirei baixinho)
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O passado não fica
Roman pour AdolescentsJulianna tinha quatorze (14) anos quando foi deixada na casa de seus tios pelos pais para passar o final de semana, não era inocente, mas não merecia ter um dia tão mal corrido. Seis anos se passaram e sim, ela é a prova de que o passado não fica, t...