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| Dia seguinte
Finalmente recebemos alta e eu estava ansiosa para ir pra casa paparicar meu pequeno Daniel, eu simplesmente me apeguei, não consigo ficar longe dele, é uma fofura, eu amo tanto meu filhinho, ele é a minha vida agora.
Ontem mesmo meus pais ligaram, e com eles estavam a Diana e a minha Avó, logo que o viram na vídeo chamada foi uma emoção e tanto, minha avó adorou a homenagem que fiz ao meu avô dando-lhe este nome.Esperava por alguma mensagem ou ligação da Fernanda, mas nada, sinto a falta dela, faz um bom tempo que não nos falamos, mas eu a entendo, não podemos estar com quem não nos proporciona bons momentos, e essa sou eu na vida dela.
_ Podemos ir!_ falou Rodrigo entrando no quarto_ Eu levo essas coisas!_ Falou pegando as bolsas sobre a maca.
_ Vamos para casa, meu anjinho, você vai adorar!_ Falei beijando sua mãozinha e me levantei da poltrona com ele no colo.
Rodrigo abriu a porta pra mim e eu passei na frente com ele vindo atrás, nos despedimos da doutora e logo estávamos no estacionamento, eu subi no banco de trás com o meu filho no colo e o Rodrigo subiu a frente de seguida dando partida.
O caminho todo foi um silêncio, vez ou outra eu ficava admirando meu bebê, sentindo seu cheirinho gostoso e de canto eu via o Rodrigo olhando para nós pelo retrovisor. Queria tanto que ele sentisse a mesma felicidade que eu estava sentindo pelo nosso filho._ Rodrigo, esse não é o caminho pra casa!_ Falei ao notar que tomávamos outra direção.
_ Nós vamos para outra casa, acabei de comprar e é maior!_ Falou simples e eu o olhei incrédula.
_ Mas você não me perguntou se eu queria, qual o seu problema afinal?_ Falei irritada e ele bufou_ Eu preparei tudo para o meu filho na minha casa, era para lá que eu queria ir!_ Falei emburrada.
_ Julianna, não vamos discutir isso tá bom? Eu decidi e é assim que vai ser!_ falou rude e eu revirei os olhos suspirando.
Era sempre o mesmo, ele fala e eu obedeço, se reclamar apanho, eu não tinha controle da minha própria vida, eu não entendo a necessidade de uma casa nova, eu estava muito bem na minha casa, eu ia criar minhas novas e boas memórias com o meu filho lá, mas o Rodrigo tinha que estragar tudo, como sempre.
Em poucos minutos chegámos na casa nova e já de fora eu percebi que era grande demais para nós três, os portões se abriram e ele seguiu para o interior da mesma._ Você trouxe seus homens para cá?_ Perguntei ao ver cerca de cinco em volta da casa.
_ Eu não vou a lado nenhum sem eles!_ falou e desceu do carro.
A porta se abriu e eu desci, ele pegou nas coisas e seguimos para dentro, era linda a casa, mas ainda assim eu prefiro a minha. Subimos alguns poucos degraus e surgimos em um corredor com janelas enormes de vidro que dava uma visão boa para o pequeno jardim, logo avistei quatro portas de madeira vernizada linda.
Era um banheiro e três quartos, em um dos quartos na porta, tinha uma placa personalizada com o nome do meu bebê e eu olhei surpresa para o Rodrigo.
_ Esse será o quarto dele, não gostei da ideia dele dormir com a gente!_ Falou simples abrindo a porta.
_ Com a gente?_ Perguntei confusa.
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O passado não fica
ספרות נוערJulianna tinha quatorze (14) anos quando foi deixada na casa de seus tios pelos pais para passar o final de semana, não era inocente, mas não merecia ter um dia tão mal corrido. Seis anos se passaram e sim, ela é a prova de que o passado não fica, t...