* Capítulo 2

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| Julianna Medeiros, 20 anos

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| Julianna Medeiros, 20 anos

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| Seis anos depois

Os anos se passaram, novas pessoas surgiram, novas conquistas eu tive, novas cidades pisei, eu mudei, física e mentalmente, eu já não era aquela menina de quatorze anos que todas as noites tinha um pesadelo com o seu querido tio, ou seja, maldito tio. Meu passado não ficou para trás, tudo se passou, tudo ficou, menos as lembranças daquela maldita madrugada.

Devo admitir que hoje não sou a melhor pessoa, se eu culpa-lo pelo meu destino hoje, socialmente estaria sendo uma coitada, arranjando uma desculpa esfarrapada para fazer o quê faço. Eu me tornei nisso, eu tenho vergonha de mim e a única forma que encontrei, a qual me apresentei, foi sendo o que sou.

Sim, talvez eu tivesse algum problema psicológico, seria muito mais fácil se procurasse um psicólogo, tivesse conversas agradáveis, tomasse um remédio, a dor ia cessar e eu seria uma pessoa transformada também, ia me abrir mais, sorrir mais, ser feliz, mas não foi isso o que aconteceu.

Passei um tempo com medo deles, sim, o masculino era um pesadelo para mim, hoje acho que é indiferente, não me apego, nem crio afecto, meus pais cobram de mim uma vida marital e eu nunca terei.

Resumindo, estou fazendo faculdade de direito, quero sim ser uma advogada, mas não para uma conquista pessoal, e somente para forjar minha vida real aos meus pais. Já não moro com eles, optei por viver sozinha em um apartamento que eu mesma me predisponho a pagar as contas apesar dos meus pais insistirem em ajudar, afinal sou filha única.

•••

Terminei de me arrumar e bebi apenas um café forte para me manter acordada durante a aula, não foi uma noite bem dormida. Peguei nas minhas coisas e nas chaves do meu carro, fruto também do meu dinheiro, saí do apartamento e peguei o elevador, já no hall, corro apressada.

_ Bom dia Pedro!_ Falei para o porteiro assim que o passei.

_ Bom dia Julianna!_ Falou simpático como sempre.

Adentrei meu carro e logo dei partida. Não foi muito difícil chegar á universidade, não tinha trânsito mesmo. Desço do carro, pego meus livros e o computador portátil, vou andando para dentro do local, cruzo o corredor e minha prima surge me abraçando.

_ Bom dia gata!_ Falou Fernanda feliz como sempre e eu ti fraco.

Sim, nós estudávamos na mesma universidade, porém, ela estava fazendo faculdade de medicina, a mesma é muito inteligente, sempre foi e confio bastante nela.

O  passado não ficaOnde histórias criam vida. Descubra agora