* Capítulo 28

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Abri meus olhos vendo a luz do sol penetrar meu quarto e me dei conta que deixei a janela aberta, tentei voltar a dormir novamente pois ainda estava tomada de muito sono, mas senti meu estômago embrulhar e logo me sentei na cama inspirando e expirando a ver se passava o enjoo, mas só aumentou e então saí correndo para o banheiro, me ajoelhei na privada e vomitei todo o jantar.

Dei logo descarga e me levantei indo lavar a boca, após escovar os dentes joguei água no rosto. Já aproveitando que estava no banheiro, decidi entrar na box e tomar um banho quentinho.

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Olhando a revista eu comia os cereais com leite, a porta foi aberta e eu Pousei tudo prestando mais atenção, minha mãe avisaria se estivesse vindo e o Rodrigo não tem mais as chaves do meu apartamento.

_ Quem será?_ Falei descendo do banco e andei lentamente em direção a sala_ Quem está aí?_ Perguntei com coragem alcançando a sala e levei um susto ao ver a Fernanda.

Já se passaram muitos dias desde o julgamento do seu pai e desde então ela nunca mais falou comigo, e eu acabei me convencendo de que não podia fazer nada, então me acostumei com a sua ausência e agora eu a estou vendo aqui, de pé no meio da minha sala, cabelos presos num coque frouxo, um vestido preto simples e solto até o meio das coxas, estava sem maquilhagem, ela parecia um pouco abatida e os olhos inchados denunciavam que chorou.

_ Fernanda?_ Falei ainda surpresa e a olhei com detalhes_ Você está bem? O que aconteceu?_ Perguntei preocupada.

Sim, eu estava preocupada com ela, ela é como uma irmã para mim, eu a amo demais, apesar da mágoa que sinto, eu simplesmente não consigo odia-la, é mais forte do que eu. Já a Tia Irene, dessa mulher eu quero distância absoluta.

_ Julianna, eu..._ Falava e simplesmente parou me olhando triste_ Você me perdoa?_ Perguntou e eu a olhei incrédula.

Como assim? O que aconteceu que a deixou dessa maneira? A Fernanda estava estranha, tanto, que ela andou até mim e me abraçou forte chorando muito, eu fiquei estática, tentando processar esse momento, não conseguia me mover, apenas sentia suas lágrimas molharem minha blusa.

_ Fernanda, olha para mim..._ Falei a desvencilhando de mim_ Acalme-se, venha, sente-se um pouco!_ Falei e a coloquei sentada no sofá.

Ela chegava a soluçar, parecendo num momento de exaustão, ela largou a bolsa no chão, assim como as chaves em sua mão. Andei até a cozinha e peguei num copo de água, voltei e a entreguei rapidamente.

_ Obrigada!_ Falou após beber tudo e eu recebi o copo de suas mãos pondo na mesinha de centro_ Você não me respondeu, você me perdoa?_ Falou com urgência segurando minhas mãos e eu a olhei confusa.

_ Calma Fernanda, respira e me conta o que aconteceu!_ Falei a olhando e ela desviou o olhar_ Você brigou com o Jayme?_ Falei e ela negou.

_ Eu até estou envergonhada por tudo, eu duvidei de você, minha mãe me fez duvidar e eu nem tive a oportunidade de pensar sozinha, eu me arrependo de cada palavra má que eu proferi a você!_ Falou e eu Suspirei percebendo_ Esse tempo todo o meu pai foi o mal da história e a minha mãe insiste em dizer que você o provocou!_ Falou e eu limpei suas lágrimas.

_ Tudo bem, já passou!_ Falei e ela me olhou confusa_ Esqueça isso, você só estava em negação, provavelmente magoada demais para aceitar a verdade!_ Falei.

O  passado não ficaOnde histórias criam vida. Descubra agora