𝐑𝐢𝐝𝐞 𝐎𝐫 𝐃𝐢𝐞 - 𝐉. 𝐓𝐮𝐫𝐧𝐞𝐫 [1]

Vinte e Um

Os dois já estavam o dia inteiro naquele quarto tentando achar um jeito de fazer o Chivo acordar, quando um pouco depois das três da tarde uma enfermeira loira adentra o quarto carregando uma caixa média.

— Olá crianças, fui informada que vocês estavam por aqui então vim devolver os pertences com que o paciente chegou no hospital. — Informa amigavelmente e Kali se levanta rapidamente da cadeira.

— Muito obrigada. — Agradece Kali sorrindo, pegando a caixa e a mulher retribui o sorriso saindo.

Quando ela some de vista, a garota rapidamente joga o conteúdo inteiro da caixa no chão e Jamal começa a revirar tudo.

Então o celular de Kali começa a tocar, e quando ela o retira do bolso identifica o nome de Monse na tela e atende.

— Alô. — Atende Kali colocando a caixa sobre a cama.

— Ei, como as coisas estão por aí? — Questiona Monse e Kali põe o celular no viva-voz e começa a revirar as coisas junto com Jamal.

— O cara ainda está apagado, mas acho que está melhorando. — Afirma Kali e Jamal coloca o telefone próximo a ele.

— Quando eu estava cantando "Beat it" o dedo do pé dele se mexeu. — Conta Jamal convencido e Kali pega um molho de chaves do meio das coisas e balança sorrindo.

— Porque estava cantando para ele? — Questiona Monse confusa e Kali dá as chaves para o garoto.

— O Google diz que é a segunda melhor forma de acordar alguém do coma. — Explica Jamal olhando para as chaves e Kali coloca as coisas de volta na caixa.

— Qual é a primeira? — Questiona Monse curiosa e Kali sorri.

— Você não quer saber. — Responde Jamal rapidamente e eles escutam Monse bufa do outro lado da linha.

— Escuta, essa. — Diz Kali pegando o telefone da mão do garoto. — Uma enfermeira deu os bens pessoais do Chivo para gente… — Mas antes de concluir Monse a interrompe.

— K, eu não estou interessada em saber que tipo de cueca ele… — Argumenta Monse mas é cortada por Jamal.

— Infelizmente ele não usa cueca. — Anuncia fazendo uma careta.

— Enfim… — Continua Kali fazendo uma careta. — Nós achamos a chave do Viveiro. — E faz um toque com as mãos de Jamal.

— Porque deram para vocês as coisas dele? — Questiona Monse confusa e Jamal pega o celular da mão da garota.

— Eu disse que era sobrinho dele e elas acreditaram. — Exclama Jamal sem acreditar que tinha dado certo. — Agora eu entendo como os bebês são trocados. — Adiciona preocupado e Kali pega a sua mochila do chão e coloca nas costas.

— Que horas querem que eu encontre com vocês lá? — Pergunta Monse e Kali pega o telefone novamente.

— Hora nenhuma, você não vai. — Anuncia Kali e Jamal faz uma expressão de confusão. — A minha ansiedade e a do Jamal mas a sua, só vai fazer as coisas parecerem uma bomba relógio. — Explica e Jamal coloca a mão sobre o peito ofendido.

— Eu não sou ansiosa! — Exclama Monse irritada.

— Disse a granada. — Debocha Jamal e Kali estreita os olhos para ele que levanta as mãos em defesa.

— Eu vou desligar na cara de vocês. — Ameaça Monse e Kali revira os olhos.

— Ótimo, faz isso por favor. — Pede Kali suspirando e Jamal pega o celular da mão dela.