Nove

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Na manhã seguinte, Kali acorda com uma mensagem do Ruby pedindo para que ela vá até a sua casa antes da escola, pois precisava de ajuda com algo.

Então ela se arrumou rapidamente e saiu de casa quase correndo, não conseguindo imaginar o que teria acontecido para o amigo precisar dela a essa hora.

— Bom dia, Sra. Martinez. — Comprimenta Kali quando a mãe de Ruby abre a porta.

— Bom dia Kali, pode entrar, eles estão no quarto. — Responde ela simpática dando espaço para a menina passar.

Kali ficou confusa com o "eles" na fala da mãe de Ruby mas não questionou, apenas sorriu e adentrou a casa indo direto para o quarto do amigo.

—… E bem articulados. — Kali escuta Ruby falar quando abre a porta.

— Agora será que você pode me explicar o porquê de me acordar a essa… — Kali entra falando mas para quando vê quem está sentado em uma cadeira em frente a Ruby, Jamal e Monse.

— Kali, que bom que você chegou! — Fala Monse levantando da cadeira e empurrando a amiga para se sentar ao seu lado. — Nós já íamos mesmo falar o seu nome. — Fala sorrindo forçadamente.

— Vocês precisam aprender a respeitar as decisões dos outros. — Fala Kali sem sequer olhar para César e sai do quarto.

— Vai resolver a merda que você fez! — Fala Ruby se virando para César.

— Ela ainda está brava pelo o que aconteceu? — Pergunta César sem graça.

— Brava não, furiosa. —Rebate Jamal. — E eu estou do lado dela.

— Ah, e só pra constar isso dos argumentos nunca vai funcionar, mas valeu pela tentativa. — Fala César saindo do quarto indo atrás de Kali.

Ele a encontra do lado de fora da cerca da casa, caminhando em direção ao colégio.

— Kali espera!— Exclama César correndo para alcançar a amiga.

— O que é hein? Vai me chamar de puta dessa vez ou o que?— Fala ela se virando com os braços cruzados.

— Me desculpa, mesmo. — Começa César parando em frente a ela. — Magoar você e a Monse era umas das últimas coisas que eu queria fazer na minha vida, mas eu precisava proteger vocês. — Tenta explicar mas é cortado pela amiga.

— E a sua melhor ideia foi nos pintar de vagabundas na frente daqueles caras? — Rebate o encarando sem expressão. — O que te faz pensar que aquela situação ao invés de impedir, não vai dar abertura para eles fazerem o mesmo?— Pergunta e espera uma resposta, mas o moreno fica calado.

— Eu não tinha pensado por esse lado… eu...— Para de falar colocando as mãos na cabeça e sentando na calçada, fazendo a amiga suspirar e sentar-se ao seu lado.

— O que você disse não me magoou, de verdade. Foram só palavras, e para mim elas não significaram nada. — Fala e coloca a mão no ombro dele.— O que magoou foi você ter tentado ganhar respeito do seu seu irmão nos humilhando, porque naquele momento eu me senti como a porra de um pedaço de carne. — Desabafa apertando seu ombro.

— Eu não pensei em nada naquele momento, eu sou um babaca mesmo, desculpa Kali. — Fala e se vira ficando de frente para a amiga.

— Não tem como não te perdoar, eu só precisava conversar com você antes. — Responde abrindo um sorriso. — E eu sei que você é um babaca.

— Aliás boa mira viu?! — Responde César soltando uma risada e se levanta estendendo a mão para a amiga que a pega rapidamente e se levanta.

 𝐑𝐢𝐝𝐞 𝐎𝐫 𝐃𝐢𝐞 - 𝐉. 𝐓𝐮𝐫𝐧𝐞𝐫 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora