Boate

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Eu estava totalmente entregue a seus olhos que brilhavam para mim como as mais belas estrelas do céu. Ele esperava a minha resposta seus lábios ainda rubros de tanto nos beijarmos e seu rosto todo lambuzado pelo meu mel não me permitiram dizer outra coisa além de:

S/N - É claro que é você!

Ele deu um sorriso que poderia iluminar a cidade inteira e selou seus lábios nos meus diversas vezes reafirmando nosso sentimento.

Jay - Eu sei que as coisas estão difíceis agora, mas eu prometo que depois dessa viagem tudo vai melhorar. 

Eu concordo com a cabeça e ele sorri, ele sai de cima de mim e eu tomo um banho vestindo uma camisola bem soltinha e deitando na cama. Eu estava sonolenta devido ao vinho e meu corpo estava completamente relaxado devido ao orgasmo, então antes mesmo que o Jay deitasse na cama eu já havia pegado no sono.

Me vejo em uma casa antiga em um quarto conhecido por mim no passado, vejo alguns de meus brinquedos favoritos e uma caixinha de música que meu pai havia comprado para mim, olho para o espelho e me vejo novamente com 7 anos de idade vestindo um pijama de bichinhos e com o cabelo trançado em duas Maria chiquinhas. Dou corda na caixinha de música e começa a tocar a canção de ninar que meu pai cantava para mim. 

"Brilha, brilha estrelinha, quero ver você brilhar!"

Ouço um barulho na porta, vejo meu pai sorrindo para mim com os olhos brilhando e abro os braços para que ele me pegue no colo, ele me pega no colo e me coloca na cama me cobrindo.

Pai - Por que você ainda está acordada estrelinha? Está muito tarde para você estar brilhando.

S/N - Papai, mas não é de noite que as estrelas brilham?

Pai - Não estrelinha, as estrelas sempre estão brilhando, mas só a noite podemos ver elas direito. Mas independente de estar de noite ou de dia você sempre vai ser a estrela mais brilhante do meu universo! Agora durma bem pois amanhã sua mãe vai te levar no parque!

Ele dá um beijo na ponta do meu nariz e sai do quarto fechando a porta atrás de si, assim que ele fechou a porta, já era o dia seguinte e eu estava brincando no parque com a minha mãe até que ela foi baleada e o mar de sangue que escorria por seu peito parecia querer me carregar.

Eu sinto braços ao meu redor e quando dou por mim estava me debatendo e chorando enquanto o Jay mais uma vez me acalentava.

Jay - Shiiiiii, calma, eu tô aqui Pitbullzinha, foi só um sonho. Foi só um sonho!

Eu começo a chorar e me refúgio em seu peito ainda gelado devido ao banho, sinto seu cheiro e queria poder morar nesse abraço. Queria me esconder do mundo nesses braços que eram meu abrigo. Aos poucos eu me acalmo e o Jay pergunta.

Jay - Com o quê você sonhou?

S/N - Com meus pais.

Jay - Eu sei que a sua mãe morreu, mas e o seu pai? O quê aconteceu com ele?

S/N - Eu não sei, ele desapareceu depois da morte da minha mãe. Provavelmente mataram ele também.

Jay - Eu sinto muito.

S/N - Obrigada. Você também perdeu sua mãe né...Eu sinto muito também.

Jay - É, não foi fácil...Na verdade acho que nunca vai ser. Eu tento seguir os passos dela, usar ela como exemplo do tipo de pessoa que eu quero ser.

S/N - Ela devia ser maravilhosa.

Jay - Era, ela era muito bondosa, ajudava a todos sempre que podia. Eu lembro que desde pequeno era muito grudado com ela, sempre fazia de tudo para que ela tivesse orgulho de mim.

Filho da Máfia (Jay Park)Onde histórias criam vida. Descubra agora