Sentimentos

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Eu gritava seu nome e o sacudia tentando fazer ele acordar. O desespero tinha tomado conta de mim e logo sinto os braços do Jay ao meu redor.

Jay - Vem S/N vamos levar ele para casa e chamar um médico.

S/N - Não! Ele tem que ir para um hospital!

Jay - Se ele for para um hospital vão abrir um inquérito e isso pode prejudicar a todos nós. Esse é o procedimento da Máfia.

S/N - EU QUERO QUE SE FODA A MÁFIA E ESSAS REGRAS. ELE NÃO PODE MORRER!

Eu tiro meu casaco e o uso para pressionar o ferimento na tentativa de estancar o sangramento. Eu começo a chorar e logo meu choro se transforma em prantos, o Jay tenta me afastar do G mas eu não consigo deixá-lo ir, eu estava apoiando a cabeça dele no meu peito e não queria soltá-lo, mas o Jay começa a tentar levantar ele e eu o ajudo mantendo a pressão em seu ferimento, logo entramos no carro e o Jay começou a dirigir enquanto eu estava com o G inconsciente deitado no meu colo no banco de trás. Eu olho para o rosto dele e nesse momento ele não é o G Dragon, o mafioso que me enganou e que era filho do meu pior inimigo, mas sim o Ji-Yong o homem que eu confiava e por quem eu tinha profunda admiração. Fico olhando seu rosto lindo que agora parecia tão angelical e colo minha testa na dele.

S/N - Por favor Ji-Yong, não morre. Você não pode morrer!

Olho pelo retrovisor e vejo que o Jay estava com uma cara triste, apesar de tudo eles eram irmãos. Ele pega o celular e liga para o médico mandando ele ir para a mansão, quando finalmente chegamos o Chase, Jay e Zico pegam o G o levando para seu quarto onde o médico já o esperava. Quando tentei entrar o médico disse que eu não podia ficar e foi preciso o Jay e o Chase para me tirar de dentro do quarto, eu me encostei na parede em frente a porta do quarto dele e me permiti chorar sem me importar com quem estivesse olhando, eu escorreguei pela parede em prantos até sentar no chão abraçando minhas pernas. O Jay me olhava em total desespero e eu só me concentrava nos barulhos de passos que vinham de dentro do quarto. 

Jay - S/N vai tomar um banho, você está toda suja de sangue.

S/N - Eu não vou sair daqui.

Ele me olhou como se estivesse tentando ler meus pensamentos, abriu a boca para dizer algo mas logo fechou, então ele simplesmente se sentou ao meu lado no chão me puxando para o seu abraço, eu me agarrei ao seu pescoço e ficamos ali abraçados enquanto esperávamos por notícias, após algum tempo o médico saiu do quarto e parecia calmo.

Médico - Ele vai ficar bem! A bala não atingiu nenhuma área vital e como vocês conseguiram estancar o sangramento ele não chegou a entrar em choque hipovolêmico. Tratei ele com antibióticos e agora temos que esperar para ver se haverá alguma complicação como infecções e esperar ele acordar.

Eu respiro aliviada e o Jay dá um sorriso fraco para mim.

S/N - Eu posso vê-lo?

Médico - Pode!

Eu entro no quarto e vejo ele deitado na cama com parte do tórax enfaixado, ele parecia estar dormindo tranquilamente como eu já havia visto várias vezes no batalhão. Apesar de nunca termos dormido juntos eu gostava de observar ele dormindo no carro quando estávamos voltando de alguma missão. Eu sento na cama e tiro o cabelo de seu rosto e o cubro com uma coberta. O Jay entra e não parece feliz.

Jay - Você chorou muito para alguém que queria matar ele hoje de manhã.

S/N - Ele não tinha levado um tiro por mim hoje de manhã.

Jay - Por quê você foi até lá?

S/N - Eu não sei, quando percebi já estava no carro.

Jay - Você nunca diz a verdade sobre o quê sente né?

Filho da Máfia (Jay Park)Onde histórias criam vida. Descubra agora