Kira podia dizer que seu passado não á abalava, que ela tinha superado tudo, e não era mentira, o sorriso que a garota levava era um sorriso verdadeiro, quem a olhava pensava que ela era uma garota mimada e amada por seus pais, bom...
Isso não é ver...
(segunda parte da história da Kira). ⚠️Atenção esse capítulo contém suicídio⚠️
- Tadaima. - Fugaku disse com esforço pelo cansaço, mas quando viu sua filha de 11 anos com uma vasilha na mão e mechendo sem parar, toda suja de farinha, sentiu o cansaço se ir, ele soltou um suspiro.
- Okaeri, papa! - Fugaku da um sorriso, e passou por ela bagunçando seu cabelo, a garota lhe lançava um olhar curioso. - conseguiu falar com seu capitão?
- como sabe disso Kira? - ele perguntou se jogando no sofá, olhando para sua filha a sua frente.
- as pessoas comentam. - Kira viu que o ar do seu pai saiu cansado e triste. - você foi...
- eu vou subir, não me incomode, quero descansar um pouco. - O Homem interrompeu ela com certa irritação, o que fez a mais nova se encolher um pouco. O mais velho subiu a escadas deixando a garota cabisbaixa ainda o olhando, ele parou e se virou. - eu te amo, nunca se esqueça disso. - ele lançou um sorriso para ela, que retribuiu, assim que o homem subiu ela disparou para cozinha.
- vou terminar o bolo para anima-lo. - Kira colocou a massa na forma, e se deitou no chão olhando para o teto, e ficou daquele jeito até o bolo ficar pronto, ele esperou um pouco para esfriar, e colocou uma fatia no prato, e um pouco de leite no copo, e subiu as escadas correndo, assim que chegou na porta fechada sentiu um arrepio lhe atingir, e sem querer deixou tudo cair no chão, ela sentiu seu coração dentro do peito acelera, e quase sair da boca, sua mão chegou até a maçaneta, e a girou abrindo...
Com certeza aquela cena deixaria uma criança sem dormir por dias, os lençóis brancos manchados de sangue que saiam dos pulsos cortados, os olhos sem brilho, um pano amarrado em sua boca para que nenhum grito saísse de sua boca, em uma de suas mãos estava um pedaço grande de vidro, e sobre seu peito com o outro braço abraçando tinha uma pintura que Kira tinha feito dela com seu tio/pai, no chão uma pequena poça de sangue, seus olhos estavam abertos, como se a morte fosse um alívio para ele. Com certeza o grito que saio da boca da garota foi escutado do outro lado da vila, um grito de dor e susto, Kira correu em direção a cama, e sacudiu o corpo do seu tio já sem vida enquanto repetia...
- acorda, acorda, acorda. - lágrimas desciam do rosto da garota.
- Kira-Chan! - a mulher que passava ali perto e ouviu o grito da garota olhava para a cena aterrorizada, a garota tentando acordar o homem quebrou seu coração, ela e aproximou e puxou a garota para um abraço escondendo seu rosto no peito dela, levantou a garota do chão para seu colo. - não olhe Kira, não olhe!
A mulher passou por alguns vizinhos que estavam ali também, e saiu da casa com a pequena garota, que soluçava, e chorava como ninguém.
2 anos depois:
Duby e a vovó encontraram Kira comendo do lixo deles pois estava passando fome há um tempo, então a adotaram, prometeram comida e casa, em troca ela tinha que trabalhar no restaurante/bar deles, Kira era uma ótima funcionaria, tratava bem quem pagava, batia em quem não pagava, a vovó tratava ela bem, bom... Do jeito dela.
- tem cliente. - a velha berrou, e Kira revirou os olhos, e foi em direção da mesa onde tinha três homens, todos os três olharam em direção a garota.
- Ohayo. - a garota pegou seu bloco de notas e sorriu. - o que desejam?
- algo para beber, vamos comemorar. - a garota sorriu e lhes deu as costas indo para o balcão.
- olha só capitão, como ela cresceu! - Yasopp sorriu para seu capitão.
- nem parece aquela pirralha! - Benn sorriu olhando para pequena garota.
- um dia vamos nos encontrar, e enfim, Akemi, Kira e eu estaremos juntos!
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