Capítulo 11

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— Tchau amiga, até amanhã!! — A voz da ruiva é a última coisa que eu escuto, antes de passar pelos portões da minha casa e ver o carro do Yuji saindo dali, deixando-me sozinha com os braços cheios de sacolas.

Tinha comprado muitas coisas, acabando com toda minha mesada. A maioria das sacolas eram da loja de Skin Care,produtos pro corpo e maquiagem, eram coisas essenciais,mas confesso que extrapolei um pouco os limites, no entanto,eu estava feliz, estava me sentindo mais leve e também estava animada para usar e organizar tudo no seu devido lugar, então corri para o quarto, subindo as escadas com pressa, ignorando a escuridão na minha casa.

Provavelmente está tão escuro assim porque nem o Edith nem as meninas estão aqui, dei o domingo e a segunda de folga para eles, que aceitaram com muita incerteza, provavelmente por conta dos últimos episódios, mas eu prometi a eles que nada iria acontecer e com bastante insistência minha eles aceitaram, então vou tirar o resto do domingo pra cuidar de mim e assistir alguma coisa. É, vou fazer isso!

Abrir a porta do meu quarto acendendo a luz e logo em seguida tomo o maior susto da minha vida por encontrar o Sukuna ali estirado na minha cama.

De início eu novamente fiquei paralisada, não tinha noção de que ele retornaria tão cedo assim, mas eu já deveria esperar isso vindo dele. Me sinto tola e ingênua por não ter me precavido.

— Você demorou. — ele sorri de lado e se levanta devagar.

Acho que toda a minha alegria e empolgação se foram.

— Por favor,vá embora. — não olho em seu rosto — Vai embora se não eu chamo a polícia.

— Eu tenho certeza que você não vai fazer isso… — se aproximou de mim com sutileza, levando a mão até meu rosto, que foi bruscamente tirada de cena por um tapa forte meu.

— Sai daqui, agora! — O ódio banhava minhas palavras. — Eu não quero falar com você ou ver você. Some!

As sobrancelhas escuras do rosado se franziram e seu rosto mostrou o quão surpreso e confuso ele estava.

— Não precisa falar desse jeito. — Seu tom era rígido,como se ele estivesse ficando irritado.

— Ah, é? E você quer que eu fale com o homem que destruiu a minha vida, hein? — minha voz saiu um pouco mais alta do que o normal, e isso foi irritando ainda mais o Ryomen.

— EU NÃO FIZ NADA!

Ri de sua cara.

— Eu sou doida então, sou maluca, tava vendo coisas quando eu vi você COMENDO a Mahito na porra daquele vestiário!

— É, deve ser mesmo maluca, não é você que fica indo em psiquiatra tomando um monte de remédio?

Arregalei meus olhos.
C-Como ele sabe disso…

Meus braços perderam as forças e deixaram as sacolas caírem no chão, junto com as lágrimas que vieram repentinamente.

— Você… você não… você não pode fazer isso comigo. — Limpei as lágrimas. — Você… — Uma dor forte atingiu meu peito ao lembrar de todos aqueles acontecimentos, toda dor e angústia que eu trouxe para as pessoas que amo e a que me atingiu também.— Por favor, vá embora.

— Oh princesa… — O jeito que ele me chama só me traz mais dor. — Por favor, converse comigo, tenta me entender. Eu amo tanto você, tanto…

Meus soluços começam a ficar mais fortes e eu começo… começo a desmoronar do mesmo jeito de antes.

Merda, merda!! Eu estava indo tão bem…

Não queria que ele me visse chorar, não queria que ele olhasse para a pobre coitada desalmada que ele me transformou, então escondi meu rosto entre minhas mãos, mas eu estava sem força nenhuma para impedir que ele as tirasse dali.

𝐴𝑙𝑙 𝑀𝑖𝑛𝑒 - 𝑇𝑜𝑗𝑖 𝐹𝑢𝑠ℎ𝑖𝑔𝑢𝑟𝑢"𝑅𝑒𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑎𝑑𝑑𝑦"Onde histórias criam vida. Descubra agora