21 › Karasuno

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⚠️: Conteúdo sexual.

Após ouvir milhares de sermões de Kento, eu saí do prédio com a maleta em mãos e caminhei de volta até o apartamento de Hange. Nanami especificou que eu deveria voltar para casa ainda hoje e, de preferência, antes do anoitecer. Eu não o contrariei, sabendo que queria voltar tanto quanto eles — mas nem a pau que eu voltaria antes de beber e foder. Estava enjoada da cara lavada daqueles homens mesmo. Queria alguém novo.

Ao bater na porta do apartamento, percebi a tranca aberta e o adentrei sem mais cerimônias. Connie caminhava pelo corredor, vindo na minha direção, como se pretendesse abrir a porta para mim. Ele usava uma larga camisa branca e uma calça preta, com uma bota da mesma cor. Em sua mão, estava uma pistola 9mm, evidenciando que ele planejava sair; provavelmente trabalhar.

— Quem comanda esta da cidade? — Perguntei, como cumprimento. Sabia que os Chefes comandavam tudo, mas eles não eram oniscientes, precisavam de alguém para observar cada cidade sob suas jurisdições.

Hange comanda esta cidade. — Respondeu ele, e como se tivesse sido invocade, ela apareceu na porta do próprio quarto, com um roupão mais grosso que o edredom jogado encima do sofá. Provavelmente Sasha dormira ali após a minha saída, por algum motivo.

— Vou tomar banho. — Disse, então larguei a maleta no chão e peguei minha bolsa que estava no mesmo lugar que eu havia deixado.

Ninguém disse nada quando eu quase esbarrei com uma Sasha também arrumada, enfiando um punhal no cano da bota semelhante à do Springer. Contornei a jovem e segui para o banheiro extra; me despi e testei a temperatura da água. Estava gloriosamente morna, relaxante.
De repente, a mensagem de Yumeko voltou à minha mente. "VOCÊ SE PARECE COM O SEU PAI".

Ajustei o chuveiro e tomei banho na água gelada.

Ao sair do banho, me deparei com Hange sentado no sofá da sala. Me aproximei, arremessando a mochila no sofá adjacente e chamando a atenção dela. Com um suave movimento do pescoço, ele me encarou com os olhos semicerrados, provavelmente se perguntando para onde eu iria num vestido preto, colado e com decotes na cintura e nas laterais. Eu também usava uma bota preta, que ia até a metade da perna.

— VOCÊ ESTÁ LINDA! — Rugiu ela, ficando de pé em um segundo. Eu sorri de maneira presunçosa e Hange caminhou até mim. — Se os Chefes não quiserem, eu quero.

— Olha, você não é de se estragar... — Eu ironizei, num tom arrogante porém irônico. — Mas hoje eu quero alguém que não esteja envolvido com a Máfia Japonesa. Ou russa. Ou qualquer outra máfia. E você vai me levar numa boate ou clube ou qualquer outra coisa que esteja aberta à essa hora, e me apresentar alguém.

— Bem, eu conheço uns rapazes... — Começou, girando os calcanhares para ir em direção ao quarto. — Eles não são exatamente da máfia, é como se fossem uma quadrilha mercenária, contratada por nós. Provavelmente você deve ter ouvido falar.

— De quem se trata?

— Ka-ra-su-no. — Hange sibilou.

Ah, a famigerada Karasuno; uma quadrilha de pessoas jovens e incrivelmente habilidosas. Se tornaram famosos por seus roubos e assassinatos perigosos porém impecavelmente bem-sucedidos. Ele emergiram no "Mundo do Crime" há pouco menos de dois anos, mas seus trabalhos deixam os outros a desejar. São caçados pelo FBI e Interpol desde que começaram a serem reconhecidos pelas gangues maiores e quadrilhas mais experientes.

𝐂.𝐈.𝐀  || 2d × Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora