33 › Um Carro, Dois Ackerman

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⚠️: sexo explícito, não leia se não tiver maturidade para tal.

Eles foram, apesar de tudo.

Mergulhados em sua própria bolha de poder, os Cinco — juntamente com os convidados — apareceram na One For All cerca de 30 minutos após a chegada de S/n. A multidão quase parou de dançar quando os avistaram, mas inegavelmente se distanciaram ao vê-los passar, o que cessou a dúvida da mulher sobre a razão pela qual, na maioria da vezes, os Chefes não andavam com seguranças. De fato, Nanami e a própria sempre estavam por perto, assim como Naruto e Sasuke estão agora, mas eles também são "importantes" a ponto de terem seguranças — tal como são importantes a ponto de não precisarem de seguranças. Porque a razão é que eles são as próprias armas; cada um dos Cinco poderia agir igualmente ou até melhor do que 50 guarda-costas.

Mas haviam mais dois motivos.

O primeiro é que ninguém naquele país era burro o suficiente para ter a ousadia de respirar errado perto deles, o segundo é que, percebeu S/n, todos os lugares tinham seus próprios soldados em escolta distante. S/n pôde avistar no mínimo treze pessoas com roupas pretas, todas trocando olhares e sinais que ela conhecia bem. Muitas vezes, ela não conseguia decifrar alguns, à medida que eles não eram tão tolos para usar os códigos universais do exército, mas estes também não eram tão difíceis de desvendar.

Kakashi e Iruka se detiveram numa mesa vermelha, com assentos grandes, acolchoados e acoplados à parede, ambos sentados juntos do lado oposto à Kento, que não interagia muito naquela conversa, apenas bebericava um pequeno copo desde que chegara — e que ainda estava na metade.

Satoru, Aizawa, Naruto e Sasuke estavam de pé, conversando com algumas pessoas que a espiã não reconheceu. Também não pareciam ser muito significativos, considerando que eles agiam como adolescentes despreocupados, rindo e trocando tapinhas nas costas — diferentemente dos verdadeiros adolescentes, ambos de 18 anos, que estavam como Nanami: calmos, calados e atentos. Faziam bons dez minutos que a Reiss não via Levi, de modo que ele simplesmente havia desaparecido na multidão.

Afundada no assento de uma mesa semelhante àquela que os mafiosos ocupavam, ela revirava os olhos para a música que não mais reconhecia; estava tão envergada que seu queixo descansava na própria clavícula, obrigando-a a inspirar o cheiro do próprio perfume. O corpo quadrado da mesa fazia o favor de esconder suas pernas abertas, assim como, de longe, deixava apenas um pequeno pedaço de sua cabeça visível. Os saltos estavam jogados ao seu lado, e ela competia com o álcool para decidir se iria pensar em quantos cigarros o bartender — trabalhando não muito distante de si — já fumou ou onde iria dormir esta noite.

Ainda assim, ela parou de pensar quando uma figura masculina, incrivelmente bela e não muito alta, se fez presente na frente da mesa, encarando-a com uma sobrancelha erguida e um copo de alguma bebida azul na mão (ou poderia ser rosa, preta, vermelha... S/n não soube identificar no momento).

Mas ela soube identificar o formigamento entre as pernas quando encarou Levi daquele jeito, era um ângulo bom, de qualquer forma, mesmo que tivesse um deja vu sobre o dia em que ficou sozinha com Kento.

Nanami. Nanami. Nanami.

Ela não pensaria nele esta noite. Tentaria não pensar nele até a ligação de Erwin, mais uma coisa que ela estava tentando não pensar.

— Posso me sentar aqui? — Perguntou ele, acomodando-se sem esperar uma resposta.

Posso me sentar em você? Ela se conteve.

— Você pode fazer o que quiser, Lev. — Sorriu para ele, como uma psicótica. — Literalmente qualquer coisa!

— Sim, é verdade... — Ele deu ombros, com uma expressão leve que denunciou que também não estava no seu melhor estado mental. — Mas acho que não posso fazer você ir para casa, não é?

𝐂.𝐈.𝐀  || 2d × Reader (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora