Capítulo 29

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Não pode ser diferente, esse vai para todas as traumadas sobreviventes aos mimos AyA! Que findi meus caros!
Que findi! 👏🏻👏🏻

Podemos ir para o outro lado do mundo e tentar recomeçar do zero, mas não se esqueça que na mala nós vamos junto!
(Amanda Rezende)

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2024. Cidade do México/MX
Anahí
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Pousamos quando já estava anoitecendo. Em silêncio levamos as malas para os nossos carros e colocamos as crianças em suas cadeirinhas.

Paro ao lado da porta aberta do meu carro, Alfonso fala com os meninos e se aproxima de mim.

- Então... - Ele começa.

- Então... - Respondo no mesmo tom de dúvida. - E agora?

- Bom, agora eu preciso levar os dois pra casa e preparar para levar eles para Diana amanhã - fala com um leve desgosto na voz. - Depois disso combinamos uma noite para conversar e colocar tudo em ordem?

- Claro - abaixo os olhos sem conseguir fixar nos dele. - Eu.. - Respiro fundo, tomando coragem e encarando seus olhos. - Eu vou entender se você quiser um tempo pra pensar melhor sobre o que aconteceu. O que vivemos em Cancun foi lindo e...

- Real! - Alfonso me interrompe pega meu rosto entre suas mãos. - Foi tudo real. Cada palavra, cada ação, cada toque, cada beijo... Foi.. Real!

Não aguento e me jogo em seu pescoço para um beijo que eu já sentia falta antes mesmo de ele ir embora. Finalizo encostando nossas testas e digo.

- Foi sim, só não esquece que tudo que eu fiz, o tempo todo, foi para proteger a nossa família. Ok? - Meu tom é quase uma súplica.

- Vou manter isso em mente.

- Já estou com saudades - falo com um bico. - Falei que eu estava ficando mal acostumada com acordar sentindo você do meu lado.

- Eu também Any - respira fundo e carinhosamente coloca uma mecha rebelde de meus cabelos atrás da orelha. - Menos dos roncos, isso não vou sentir saudade - fala rindo de mim. Solto ele só pra pegar distância pro tapa.

- Eu não ronco - grito indignada. Ele ri ainda mais de mim, me puxa pela cintura e deixa um beijo estralado na bochecha.

- Então vou sentir saudades de você todinha - Fala com um sussurro sacana e morde o lóbulo da minha orelha.

Alfonso me dá um último beijo rápido, acertamos mais alguns detalhes e entro no carro.

Na saída do estacionamento do aeroporto, olho pelo retrovisor e vejo seu sorriso pelo espelho. Desvio o olhar para os meninos e digo.

- Prontos para irmos para casa? - Os dois concordam cheios de preguiça. Ao meu lado vejo que meu celular não para de vibrar, mas isso vai ter que esperar.

Chego em casa e abençoada seja Julie que está me esperando na porta.

- Bem vinda de volta ao lar Annie - fala me abraçando. - E os meus meninos?

- Oi tia Ju! - Emi sai correndo e abraça ela contando sobre a viagem. - A gente foi na praia, eu ganhei esse capacete aqui porque eu cai, mas eu não merecia. Ahh e a mamãe não está namorando com o papai Poncho.

Viro chocada para a primeira coisa que sai da boca de Emiliano e sim, o capacete vive. Julie apenas ri e responde.

- De verdade? Que bom meu amor. Porque você não sobe para o quarto que a tia Yvi está esperando vocês para um banho bem gostoso?

Apesar De Tudo AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora