Capítulo 42

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Dedicado a todos que deram uma estrelinha na história! Batemos quase 300 nos últimos 4 capítulos!! Obrigada mesmo 💙🙃

É sobre ter alguém pra pegar a sua mão e dizer: pra onde vamos?
(Amanda Rezende)

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2015. Trentino-Alto Adige/IT
Alfonso.
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Seus olhos azuis pareciam ainda mais vivos enquanto refletiam as chamas da lareira. Any solta o nó do meu roupão e empurra para fora do meu corpo.

Bem devagar, solta o nó do dela e liberta primeiro um ombro e depois o outro. Se arruma no meu colo, pra ficar de frente pra mim, com uma perna em cada lado. Segura meu rosto entre as mãos e me beija com paixão, entrega e vontade.

Espalmo minhas mãos na bunda dela e aperto. A língua gulosa explora cada pedacinho da minha boca. Com um movimento de vai e vem na extensão do meu pau, sinto o quanto ela está encharcada, com o mínimo toque dos nossos corpos.

Any leva uma das mãos entre nós, me posiciona na sua entrada e senta com força. Ofega e seguro ela parada no mesmo lugar por um instante.

- Machucou? - Any só agarra os cabelos da minha nuca e encosta a pontinha do nariz no meu. Balança a cabeça como se fosse um beijinho de esquimó e responde.

- Não, tá perfeito - morde o lábio. - É tudo que eu preciso agora.

Any rebola sem pressa, nossos olhares fixos um no outro. Seu rosto está afogueado pelo movimento vai e vem. Tento trocar de posição e fazê-la deitar no tapete pra controlar a situação, mas ela não deixa.

- Não - fala com tom definitivo. - Eu vou fazer até o final e você vai gozar junto comigo.

Gemo no seu pescoço alguma coisa que não tenho certeza do que é. Estimulada por me fazer perder o controle com tanta facilidade, Anahí acelera suas estocadas. Faço aquilo que posso para tentar me manter firme, com minhas mãos nas suas nádegas eu aperto com vontade, socando firme dentro dela.

Já quase sem fôlego, ela busca meus lábios e nos beijamos sofregamente. Anahí se abraça mais perto de mim e o sobe e desce dos seios dela, roçando os pelos do meu peito, é o meu fim.

Enfio uma de minhas mãos entre nós e com o dedão massageio o clitóris dela. Com um grito agudo Anahí se contrai como um punho ao meu redor, então me permito a libertação que tanto estava precisando.

Caio deitado de costas no tapete, com Anahí por cima de mim, acaricio sua coluna vagarosamente e em pouco tempo adormecemos, sem trocar uma única palavra.

Não tinha porque falar nada.

Ficamos nessa de cochilar, transar e repete tudo mais uma vez, até faltar pouco tempo para termos que sair para o aeroporto. Me despeço desse paraíso com um sabor agridoce. Amei os momentos aqui e partir me deixa triste. Um aperto no peito me acompanha o caminho inteiro até nosso destino, um sentimento de perda me sufoca.

Anahí tem um vôo marcado direto para o México e eu uma passagem de trem de volta para a Grécia.

- Está com todos os documentos e passagem em mãos? - Pergunto pela milésima vez pra garantir.

- Tudo pronto, Poncho - Any fala rindo de mim. - Você trouxe os roteiros que a jornalista... - ela para e se esforça pra lembrar de algo. - Como é mesmo o nome dela?

- Não lembro, dá uma olhada nos papéis no porta luvas. Ali deve ter - Any mexe por um instante em tudo, tira um envelope pardo com uma tarja branca e lê.

Apesar De Tudo AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora