Apesar De Tudo AyA

Capítulo 11

Não podia ser de outra pessoa, obrigada por todas as revisões, ideias e incentivo Ju, te amo demais amiga!!

As vezes, tudo que precisamos é tempo, paciência e a certeza que somos amados verdadeiramente.
(Amanda Rezende)

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2023. Cidade do México/MX
Anahi
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Quase tenho um infarto quando vejo que Mai queria ler o que eu tinha guardado.

Todos, em algum momento, descobriram sobre o "diário" de desabafo que eu postava como se fosse uma fanfic. Chris mesmo acabou lendo e me ajudando a colocar em palavras o que eu estava sentindo na época.

Não é por nada, Mai sabe absolutamente tudo o que acontece comigo e com Poncho, sempre foi assim. O problema é que ainda não estava pronta para dividir com ninguém o último capítulo de Confesiones.

Por isso, espero até que todos estejam distraídos com o que Ucker diz, para me abaixar e pegar o envelope do texto. Sei que é bem melhor tirar ele de perto antes que alguns olhos curiosos, vulgo Christian Chavez, queira dar uma espiada em seu conteúdo.

- Eu já volto, preciso dar um recado para Yvi sobre as crianças - Me viro e o mais rápido que consigo caminhar, sem correr, vou para dentro de casa com o envelope bem seguro em minhas mãos.

Entro no cômodo mais próximo, e me fecho lá dentro.

Sento no sofá que tem próximo a janela e rasgo o lacre do envelope. Desdobro a folha com os dedos tremendo e vejo no topo escrito: "Confesiones - DeAny", e começo a ler.

~

"Fui questionada por fãs se eu sabia a respeito de uma história chamada "Confesiones" que estava deixando todas as traumadas enlouquecidas pelos detalhes que só alguém próximo a nós saberia.

Pois é, acho que nem anonimamente eu consigo escrever sobre meu relacionamento com Poncho sem ser rastreada pelas fãs de "Los A". Foi por isso que parei de publicar os capítulos na internet.

Mas como eu precisava de uma conclusão, um "final" para esta história, nem que fosse pra mim mesma, aqui estou mais uma vez.

As coisas com Rodrigo estavam... ok.

Só tinha um detalhe, ele não era Alfonso. Acho que eu sabia que essa relação estava fadada ao fracasso quando, desde o início, eu já comparava a cor dos seus olhos com a cor dos de Poncho, seus abraços com os de Poncho, olhava os seus sorrisos buscando semelhanças com Poncho e não encontrava nada.

Afinal, ele não era Poncho.

Quem me surpreendeu foi exatamente o rosto, os olhos, o homem que eu queria olhar, tocar e sentir sempre que olhava para Rodrigo.

"Namora comigo, Any"

Foi com essa exata frase que Poncho entrou no meu camarim antes de um show na Argentina. Jogou isso e ficou ali, me olhando. No início não entendi o que ele estava pretendendo, mas finalmente eu podia ver que ele estava ali, jogando tudo que tinha. Foi aí que eu soube que uma rejeição agora, seria o fim pra qualquer outra tentativa entre nós.