Capítulo 41

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Esse é dedicado para as Brunas dos grupos que surtam e ficam ansiosas com novos capítulos, obrigada meninas 💙

Aprender com o passado, viver o presente e ansiar pelo futuro..
(Amanda Rezende)

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2024. Cidade do México/MX
Alfonso
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Não tenho certeza quando foi que cai no sono. Só sei que quando a enfermeira abre a porta para verificar Emiliano eu me dou conta que acordei.

Vejo que já são quase 7h da manhã. Ela verifica todos os aparelhos e a medicação. Anota algo no prontuário e eu pergunto antes que ela saia.

- Está tudo bem com ele?

- Sim Senhor, daqui há mais ou menos 2h vamos acordá-lo e fazer as verificações para a alta - ela vê algo no meu rosto que a faz dizer. - Não se preocupa papai, ele está dormindo para curar mais rápido. Está tudo bem.

Engulo ruidosamente e respiro fundo para responder a enfermeira.

- Meu garoto é forte, amanhã vai estar rindo com os irmãos - dou um pequeno sorriso pra ela, que me dá um sorriso carinhoso e sai do quarto.

Emi dorme tranquilamente. Anahí também está desmaiada no sofá, acredito que está exausta pelo tanto de emoção ontem. Ela tem uma ruguinha entre as sobrancelhas que não suavizou em nenhum momento a noite inteira.

A razão de estarmos aqui, finalmente chega ao meu cérebro e parece que levei um balde de água gelada na cara. Caiu a minha ficha de tudo que aconteceu e tenho dificuldade em respirar.

Levanto da minha poltrona em um pulo e saio do quarto. Encontro uma residente e peço para que se Anahí pedir por mim, diga que fui resolver um assunto e volto logo.

Entro no elevador, olho o mapa do hospital e subo até o andar que diz "internações". Atravesso o prédio e na recepção do outro lado pergunto a localização da responsável por tudo isso.

Me informam que Diana está no quarto 313. Vou até lá e entro sem bater, noto que ela tem um dos braços algemados na cama e isso me deixa atordoado, porém aliviado também.

Depois de tudo que ela fez a gente passar nas últimas 24h, deve pagar por tudo. Avalio a minha situação e sei que me encontro à uma gota do surto total, mas preciso ouvir dela qual é a desculpa que ela dá pra si mesma para fazer tudo isso.

Depois de tantos anos juntos e por meus filhos, tudo que vou fazer é conversar, mesmo que a vontade seja outra. Diana está acordada. Sua cabeça enfaixada e um dos olhos totalmente fechado e roxo.

As pernas estão ambas engessadas e com uns ferros que as mantém elevadas. Diversos cortes nos braços e rosto. Acabo de perceber que não sinto nada ao ver ela desse jeito, tudo ainda me parece pouco.

Olho para ela e o que consigo dizer é.

- Porque Diana? - Imploro por uma explicação e sua resposta me choca mais do que tudo que poderia sair daquela boca.

- Ele morreu? - diz desafiante.

- Como você pode falar uma coisa dessas? - Meu filho, eu não ia aceitar isso. - Emiliano é só uma criança, uma criança inocente. Como você é capaz de fazer algo tão cruel?

- Não seja hipócrita Alfonso, é seu filho com ela - Diana ignora minhas perguntas e continua o raciocínio. - Há quanto tempo você sabe?

- Isso realmente importa? - Pergunto perdendo o último sopro de paciência que me sobrava. - Com o que você acabou de falar. Realmente importa há quanto tempo eu sei? - Toda essa situação é ridícula. - Como foi que você descobriu que Emiliano é meu?

Apesar De Tudo AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora