Capítulo 4

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Dedicado a minha leitora e amiga mais ciumenta do fandom! Maria Beatriz minha filha, pra tu chuchu!
💙💙

Os dias ruins servem para que a gente aprenda a valorizar os bons!
Sem os dias ruins a gente não sentiria a leveza no coração que os bons proporcionam!
(Amanda Rezende)

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2008. Madrid/ES
Alfonso
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Eu ainda estou rindo da cara de orgulho que a Mai estava fazendo por ter aprontado aquela com o Ucker e a Dul, só sei que por fim, eles deram o beijo que prometeram há algumas semanas atrás e foi impagável!

E eu? O que posso falar, por mais de uma vez me deu vontade de fazer o mesmo com a Any. Depois eu podia falar para o mundo que era uma despedida de tudo que vivemos até ali, que era parte de um combinado sobre os "casais fake" do RBD, “é tudo ficção” eu diria.

Sonhar que a imprensa, pela primeira vez, ficaria quieta e que eles esquecessem rapidamente do que fiz no palco. Tudo que eu queria era viver o momento. Com ela.

Mas Any me chamava para a realidade, a realidade de que publicamente ela tinha um namorado. Mesmo que tenham terminado meses antes e em um acordo com Rodrigo, eles continuavam em um namoro para que a gente não viesse a ser alvo de fofocas, mais uma vez, como quando me relacionei brevemente com a Claudia.

Sendo assim, eu via ela se afastar sempre que estávamos intensos demais em cima do palco.

E mesmo com tudo isso eu não deixava de falar coisas pra instigar ela. Eu a puxava para perto e falava no seu ouvido o quanto queria beija-la, o quanto ela estava uma perdição com aquele maldito vestido azul, que eu sei, foi criado só pra me atormentar. Enfim, sempre tentava demonstrar o quanto eu estava caidinho por ela.

Chorei, Any chorou, todo mundo chorou, nos divertimos muito e foi emocionante pra cacete. A sensação era de que estava no começo de tudo, e realmente a gente começou algo. Foi o início da criação da nossa própria identidade longe do grande fenômeno que é o RBD.

Ficamos muito tempo em cima do palco depois que o show terminou, parecia que sair de lá iria ser como arrancar algo de dentro de nós, algo que eu digo, seria como que um rim ou algo assim, a dor parecia ser física.

Mas como em algum momento a gente tinha que se despedir de tudo, vamos em direção aos camarins com mais lágrimas, e é no caminho que começo a voltar para a realidade do que eu precisava fazer antes de nos encontrarmos para finalizar a cápsula.

Estamos próximos ao corredor dos camarins quando consigo alcançar uma Any de olhos inchados, abraçada com a Mai andando lentamente. Chego perto, pego no seu braço ela se vira e parece que ao me olhar gera um gatilho que faz mais lágrimas nascerem nos olhos dela. Any olha para Mai e sem dizer nada faz sinal para ela continuar o caminho e ficamos só eu e ela no corredor.

- Hey, não assim amor - Pego ela em um abraço e puxo seu queixo pra um beijinho rápido. - Eu quis fazer isso a noite toda.

Um sorriso choroso surge nos lábios dela.

- Eu também, mil vezes. Você sabe disso, não é? - Nesse momento ela em abraça e cheiro seu cabelo perfumado. - Mas não podia fazer isso com a gente, com você.

Anahí instensifica o abraço e quando percebo nascer no peito dela um choro um tanto quanto, descontrolado, ergo o seu rosto e limpo suas lágrimas, eu tenho um objetivo aqui.

- Any, não é o fim. Está me escutando? Não é! – Pego sua mão e levo até o lado esquerdo do peito, olhando no fundo dos olhos dele digo. - Eu prometo. 

Apesar De Tudo AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora