Capítulo 39

682 95 143
                                    

Feliz dia da mulher atrasado.. pq não basta a gente ser mulher, ainda temos que ser traumadas (o melhor tipo que existe)
Parabéns pra nós! 👏🏻👏🏻

Ousar sonhar, para então ousar viver.
(Amanda Rezende)

----------------------------
2019. Los Angeles/EUA
Anahí.
----------------------------

A minha sensação é de que se Alfonso me soltasse agora, o mundo iria acabar ou que esse poderia ser literalmente meu fim.

- Ninguém nunca me beijou como você - gemo contra os lábios dele. - Ninguém.

Minhas mãos passeiam pelos braços musculosos e os ombros largos onde cravo as minhas unhas.

Alfonso segura minha cabeça com uma mão, ditando nosso ritmo e me possui com a língua. Sua outra mão está descendo até a minha bunda, me apertando e puxando cada vez mais perto.

Seu membro já duro encosta na minha barriga e nós dois gememos. Passo o nariz pelo seu maxilar, sentindo seu perfume e levo minha boca até a sua orelha.

Sussurro sensualmente para ele.

- Me leva pro seu quarto. Tem uma coisa que quero lhe mostrar, mas tem que ser pelada - Puxo seu lóbulo entre os dentes, mordo forte e depois passo a língua.

No caminho até o quarto, Alfonso se livra do meu cropped e eu da sua camiseta. Passo as unhas pelo seu peito e abdômen que faz com que ele contraia os músculos sob os meus dedos, levanto os olhos pra ele e faço da sua boca, minha.

Algo dentro de mim se retrai pela expectativa de estar com ele mais uma vez. Toda a tensão que senti desde cedo em estar perto dele, se esvai e tudo se torna tão simples quanto respirar.

Alfonso nem se dá ao trabalho de fechar a porta do quarto atrás de nós. Os dedos ansiosos trabalham nos botões da minha calça e falo sem fôlego.

- Cuidado pra não rasgar, não tenho outra roupa pra ir embora.

- Quem disse que eu vou deixar você ir pra algum lugar? - Me responde afoito, distribuindo beijos pelo meu colo e mordendo o meu peito por cima do sutiã. Gemo alto, do jeitinho que ele gosta de ouvir. E logo sua boca está na minha, de novo.

- Preciso te contar uma coisa - solto entre os beijos.

- Não pode ser depois? - Pergunta com os lábios ainda nos meus.

- Prefiro agora - Alfonso cola sua testa na minha e respira fundo. Me abraça pela cintura e me espera falar. - É que você... - Fico ansiosa. - É que eu... - Droga, é tão simples, não sei porque meu cérebro deu nó. - Você foi...

- Any, o que foi? - Ele coloca a mão em concha no meu rosto e fala com toda a calma. - Você pode me falar qualquer coisa - respiro fundo antes de responder com um sorriso tímido.

- Eu sei, é besteira na verdade. Eu só queria que você soubesse que foi a última pessoa com que eu estive, assim... Intimamente - faço uma careta com o que disse, sinto meu rosto esquentar de vergonha.

- Jura? - Alfonso parece legitimamente surpreso. Eu só confirmo com a cabeça, envergonhada. Com dois dedos ele levanta meu queixo para que eu olhe para ele. - Está tudo bem, Any. Eu não esperava por isso, mas estou secretamente muito honrado. Senti sua falta todos os dias, mesmo não admitindo nem pra mim mesmo. Queria que você fosse a última pessoa com quem estive assim e que isso tivesse sido ontem e anteontem e... Você entendeu.

Sorrio com um pouco mais de verdade e o beijo com toda a minha saudade e entrega.

Alfonso termina de soltar os botões da calça e ela cai ao meu redor. Dou um passo pra trás pra sair do meio do emaranhado de tecido e Alfonso está me encarando com um olhar quase predatório.

Apesar De Tudo AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora