A luz

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deixe de ser tão teimoso, garoto estúpido! - Jeon rosnou para o menino, esse que não baixou a cabeça. Apenas sentiu ainda mais raiva daquele homem - estou tentando ajudar sua omma, e você me agradece com arranhões e rosnados, te colocarei como comida para os lobos!

- senhor, se quiser podemos tranca-lo em um dos aposentos do último andar da torre.

- não. Se ele tiver mesmo despertado suas habilidades, ele conseguirá derrubar aquela torre em um piscar de olhos. Prefiro ele aqui, me mordendo, do que lá, sem o alcance de meus olhos para vigia-lo.

- certo, senhor - o homem baixou a cabeça como uma ação de respeito.

Ele estava tão machucados quando fui banha-lo. Pelo que será que deve ter passado, hum?

- você não fala? - perguntou olhando para o menino agora encolhido no canto do quarto. Que por sinal, só de olha-lo poderia perceber que não tinha um arranhão em sua pele pálida que nem do pai.

Aquilo só o fazia crer que o ômega se colocava em todas situações desgostosas pelo filho.

- vou entender isso como um não - o moreno revirou os olhos - eu nunca cuidei de uma criança, como poderei cuidar de você, em? Se ao menos abrisse a boca pata falar além de morder. Que saco. Por que inventei de trazer vocês para cá mesmo? - o cômodo continuava silencioso - para o banho! - apontou o dedo para uma porta do outro lado do quarto - é pra hoje!

Kaynan se levantou, e com os olhos atento e agindo arisco foi se dirigindo ao banheiro.

- prepare a banheira. Não tão cheia. Ele ainda é apenas um filhote.

- como quiser, supremo.

- por que eu me importo com isso mesmo? - se sentou na poltrona com a mão em sua testa. Sua cabeça dói como o inferno naquele momento.

Deveria ser com certeza castigo do diabo por ter brincado com ele as 00:00.

- eu deveria saber que trocar o açúcar por sal dentro do voodoo não era uma boa ideia. Deveria ter visitado sua mãe enquanto dormia e tirado dela cabelos de um lugar nada agradável. Talvez assim não me atazanaria. Diabo, filho da puta.... - resmungou sozinho - vou arrancar seus chifres quando eu voltar para o inferno, seu corno...

- K-kay! - o ômega abriu os olhos ofegante, procurando com os olhos o seu pequeno filhote - K-kaynan! - gritou, apalpando a cama com as mãos desesperadamente.

- fique quieto - jungkook tocou com as pontas do dedo seu peito, tendo os olhos brilhando em um verde florescente, por recitar um feitiço de comando.

- q-quem é você?! O que fez com meu filho?!

- eu salvei vocês dois na verdade. Deveria me agradecer por não ter terminado de te matar, se eu tivesse me atrasado com certeza os dois estariam enterrados agora.

Jimin fechou os olhos com força, sentindo sua garganta doer por prender um grito de tristeza.

- não consegui protegê-lo.....e-eu n-

- não se culpe, você era o único adulto naquele momento, o único que tinha força, mas não o suficiente para derrotar tantos homens daquela força. Para sua sorte seu filho conseguiu me chamar.

- c-como?

- ele tem o poder que pode acabar com a escuridão. Como eu...

- como você?! Meu filho nunca será um de vocês, ele tem um coração gentil, é uma criança amorosa mesmo tendo passado por tantos problemas na vida.

- qual o problema ele ser como eu? - perguntou sério.

- o problema é que vocês são assassinos! - tirou suas últimas forças para gritar.

E em uma velocidade sobrenatural o alfa estava por cima de si, com as presas a mostra e com uma mão quebrando a cabeceira de forma assustadora.

- quem você pensa que é para me nomear de assassino se nunca sequer me conheceu?!! - sua voz aumentou sem ao menos perceber, e por usar sua voz, o ouvido do ômega sangrou, manchando o travesseiro branco de vermelho rapidamente.

Jimin não conseguiu segurar as lágrimas de dor e desespero. Agora ele tinha motivos para mata-lo, e seu filho tambem.

- não, não chora, por favor. Eu não sei lidar com pessoas sentimentais - disse desesperado.

- d-doí - Jimin falou encolhido - e-e essa posição, não me lembra de coisas legais.... - fechou os olhos com força, tentando empurrar inutilmente o alfa para longe do meio de suas pernas.

- desculpa - se afastou rapidamente. E respirando descompassado estalou seus dedos, fazendo com que a cabeceira e os ouvidos do omega voltassem a seu estado normal novamente - se sente melhor?

- só com sono - na verdade não, só queria que ele saísse daquele quarto o mais rápido possível.

- não minta... - suspirou frustrado - sei quando mentem para mim.

Quando jimin iria falar algo viu seu pequeno garotinho sair do banheiro com um roupão enorme em si, o que fazia arrastar no chão, mas não deixando a cena de ser adorável. Assim que Kaynan viu seu pai correu tropeçando para seus braços, chorando em seu peito e Jimin não muito diferente de si.

Não evitou em dizer o quanto amava seu querido filho, assim como também pediu desculpas por tê-lo assustado ao dizer que morreria, talvez aquela tivesse sido uma das piores sensações para o mais novo.

Como poderia seu neném viver em um mundo sombrio assim tão novo?

- eu senti tanto medo de te perder - jimin acariciou os fios negros do alfa - queria poder te ouvir novamente, mas só de te ter em meus braços nesse momento já me trás muita felicidade. Eu te amo querido, te amo tanto que dói.

O que era amor?

Foi o que jungkook se perguntou enquanto olhava aquela cena. Nunca teve pais, cresceu sozinho, aprendeu sozinho e nunca sequer teve uma família. Ver aquilo tudo era tão novo. Pra si o amor não passava de apenas palavras ditas no momento, mas olhando agora de tão perto não parecia palavras vazias.

Elas eram cheias de sentimentos, amor e saudade. Estava curioso. Queria saber e sentir o que era aquilo agora. O que era amor?

Jungkook se retirou do quarto, deixando os dois lá. Eles precisavam expressar o amor que ele jamais sentiu.

𝐎 𝐬𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐝𝐚̃𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora