abraço quentinho

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- você já comeu alguma coisa? - Jungkook perguntou enquanto entrava no quarto do omega ainda de cama.

- sim, apenas um pouco. Meu estômago não se acostumou a comer tão bem ainda. Passei miseráveis anos de minha vida comendo insetos e folhas. Todas frutas que eu achava dava para ele - os olhos azuis desceram para seu lado da cama, onde seu pequeno filhotinho dormia segurando o colar que o alfa havia feito - ele não largou dessa pérola desde ontem - sorriu mínimo.

- nesse momento ele deve estar sonhando com unicórnios e estrelas falantes. Recitei algumas coisinhas a mais para protegê-lo de pesadelos.

- obrigado - falou baixo - faz muito tempo que ele não dorme tão bem como agora. E saber que ele está seguro aquece meu coração.

- falando nisso, como está seus machucados? - o alfa se aproximou da cama, pegando em um dos braços do loiro olhando todos os cortes que se entendiam por sua pele branca.

- acho que melhor. Já passei por machucados piores...

- como chegou nessa situação, hum? Onde está o pai de seu filho? Porque estava sozinho?

- meu pai comprou meu namorado quando eu estava prestes a fazer 14 anos. Por debaixo dos panos ele lhe dava dinheiro para ficar comigo. Eu era um adolescente muito apaixonado, então me envolvi com Sehun de forma carnal. Ele foi tão carinhoso, disse que me amava e tudo mais. Até mesmo me deu um anel de compromisso. Com o passar dos meses ele foi mudando. Se transformando em outra pessoa, nisso eu já estava grávido, só não sabia. Até que ele assassinou meu pai, se nomeando como superior. Ficou tão cego pelo dinheiro que não hesitou em me bater e me prender no quarto. Até que com 5 meses me enrolei em todos os travesseiros que encontrei pelos quartos e me joguei da janela. Corri o mais rápido que pude e desde então vivi dentro daquela floresta.

- e o parto? - jungkook perguntou baixo. Não queria imaginar o pior daquele momento.

- tive ele sozinho... - os olhos azuis transbordaram em lágrimas - eu ao menos sabia que uma parte de mim abriria para dar passagem a Kaynan. E mesmo assim eu não tive passagem suficiente para ele sair. Foram longas horas de dor e desespero. Eu sentia ele morrer dentro de mim aos poucos, então eu mesmo com as pontas das unhas me rasguei. Pensei ter perdido ele quando ele não chorou, meu coração foi partido ao meio. Então rapidamente fiz massagem em seu peito e até dei uns tapinhas para que ele chorasse, felizmente ele chorou. E eu pude chorar aliviado enquanto o amamentava. Para minha sorte eu tinha muito leite para dar por meses, então comida não foi um problema para ele. Eu ainda sinto doer apesar dos anos.

- doer? onde? - perguntou confuso.

- minha abertura - as bochechas ficaram vermelhas - ainda dói.

- parece tão impróprio o que vou dizer, mas me deixaria olhar? - o ômega arregalou os olhos - eu sei algumas curas, se for preciso posso te ajudar a passar as dores.

- mas você me vera nu...

- não vou tocar em seu corpo de nenhuma forma sem ser te ajudar. Eu não sinto as coisas que pessoas normais sentem, então não se preocupe em eu ter desejos carnais em si.

- todos tem - jimin avaliou com os olhos o corpo do alfa.

- eu não - colocou luvas - pode subir sua camisola e tirar a cueca, tudo bem?

Jungkook falou algo no ouvido de Kaynan para que não acordasse naquele momento e então olhou para jimin com carinho.

Queria realmente ajudá-lo.

Jimin timidamente tirou o tecido branco por suas pernas e levantou a camisola timidamente. Fazia tanto tempo que alguém não lhe via assim, e sabia que estava horrível pelas cicatrizes em sua pele.

- abra as pernas por favor - o Jeon tocou em seu joelhos, deixando o ômega por si só fazer - isso... Nossa....

- está horrível, não está?

- como conseguiu andar por tantos anos com algo que ao menos fechou direito? Está inflamado, consigo sentir um odor nada legal vindo da inflamação. Precisarei tocar para verificar se não tem nada por dentro do corte, tudo bem? Talvez doa um pouco.

Com as pontas do dedo Jeon apertou a região, e no mesmo momento Jimin apertou sua mão choroso.

- vai passar, vai ser bem rápido.... - pressionou com um pouco mais de força e Jimin soluçou chorando - pronto.

O supremo fez agora um ar quente que saia de seus dedos passar por cima da abertura, fechando-a aos poucos. Não podendo nem ver que em algum momento aquilo esteve ali.

- sente alguma coisa?

- nada. Está dormente e sinto um geladinho bom - fechou os olhos, respirando aliviado.

- quis deixar uma sensação gostosa na região para que fique confortável para descansar.

- vai doer quando passar o efeito?

- só um leve desconforto, nada relacionado a dor.

- não aguentava mais andar com dor. Obrigado - tentou limpar as lágrimas de felicidade - você é um anjo. Me desculpe pelo que falei com você, eu não deveria julgar alguém que nunca conheci, eu não tenho o direito de te chamar de assassino sem saber seu passado e o que lhe levou a fazer o que você tiver feito. Muito obrigado! - puxou o alfa pelo braço para mais perto.

Abraçando-o de forma inesperada. E aquilo pegou em cheio em jungkook, que nem soube o que fazer no começo, mas como já havia lido em seus livros apenas fez o que seu coração mandava.

Se entregou aos braços do omega. O abraçou forte, e sentiu a quenturinha que emanava do corpo do baixinho. Por instinto enterrou seu rosto na curva do pescoço do ômega, sentindo o cheirinho de sorvete de morango bem fraquinho, mas que fez seu lobo ofegar em seu interior.

Não deveria ter gostado tanto, mas gostou, e queria sentir mais e mais.

- jungkook? - perguntou taehyung entrou no quarto confuso - por que esse garoto tá nu?

- taehyung?! - rapidamente o alfa se separou, puxando o lençol até a cintura do omega envergonhado.

- eu mesmo. Eu adoraria saber o que estava acontecendo aqui, mas temos que resolver algumas coisas urgentes.

- certo - jungkook se apressou até a porta, olhando para jimin sem jeito. Queria ficar mais alí. Queria sentir mais o abraço quentinho que o ômega lhe deu.

Mas naquele momento precisava ir...

𝐎 𝐬𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨 𝐝𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐮𝐫𝐢𝐝𝐚̃𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora