Influência

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Poucas coisas no mundo mexe com meu emocional e alto controle, hospitais é com certeza uma delas ou melhor salas de medicação e a razão é até considerada besta, aquele maldito soro que fica pingando e pingando lentamente. Tudo bem que não sou eu que estou sendo medicado, mas essa situação ainda irrita. Nunca fui uma criança que ia parar no hospital com frequência e quando por ventura acontecia era sempre uma tortura, a sensação que eu tinha era que a bolsa de soro usada em outros pacientes acabava mais rápido do que a minha.

Daisy foi atendida imediatamente e isso só se deve ao fato dela ter vindo de ambulância e desacordada, assim que chegamos fiz a sua ficha e fiquei esperando já que não podia entrar e não demorou muito para a Ana e pessoal chegarem.

ㅡ Avisou a mãe dela? – sussurro, Daisy dormia e havia outros pacientes espalhados na sala de medicação.

ㅡ Ela já tá vindo. – Ana tirou a blusa de frio a colocando por cima da amiga.

Dou um beijo no seu cabelo e deixo as duas sozinhas por um instante precisava ligar para minha mãe e avisar que demoraria, Luan conversava com um mulher loira que na hora deduzi ser a mãe da Daisy, vejo Pixie mais afastada e com o semblante fechado. Quando a mulher se afasta indo para outra parte do hospital converso com eles e os convenço a irem para casa o que foi quase impossível.

Mesmo com a mãe da Daisy aqui Ana não quis deixar a amiga, ficamos no hospital até ela ser liberada e lá pelas quarto da manhã chamamos um Uber depois de observar uma Daisy debilitada entrar no carro da mãe e ir pra casa.

ㅡ Como foi com a mãe dela? – a trago para os meus braços e ajeito minha blusa de frio no seu ombro.

ㅡ Não foi tão ruim como da outra vez porque fiz questão de não ser bola. – ela escondeu o rosto no meu peito.

ㅡ E o médico? – eu estava preocupado e não tive a oportunidade de falar com ele.

ㅡ Ele disse que ela está fraca e que a pressão estava muito baixa também. – sua voz saiu abafada. ㅡ Ele receitou uns medicamentos e passou uma guia de exames.

ㅡ Acha que ela vai fazer? – o Uber finalmente chegou, abro a porta e espero ela se acomodar.

ㅡ Ela vai nem que eu tenha que amarra-la. – Ana voltou a me abraçar. ㅡ Foi assustador ver ela daquele jeito Thiago. – Ana coçou os olhos ela estava cansada. ㅡ O médico chamou a mãe dela pra conversar a sós e ela saiu de lá com uma cara.

Não era assim tão difícil chegar a conclusão do teor da conversa, Daisy chegou bem debilitada e dava para ver na sua feição o quanto ela estava piorando. Ana fechou os olhos e respirou pesadamente, não foi fácil ver a amiga naquela situação ainda mais depois da briga que as duas tiveram. Luan tinha comentado que foi feia, afago suas costas trazendo um pouco de conforto e murmuro um ‘vai ficar tudo bem’ antes dela se entregar ao sono.

A acordo com cuidado quando o carro estaciona na frente do portão da sua casa, beijo seus lábios e espero até ela fechar a porta para poder ir pra casa. Quando chego passo no quarto dos meus pais e aviso que estou bem e os atualizo sobre a Daisy, ponho meu celular pra carregar eu teria no máximo uma hora e meia antes de ter que sair pra trabalhar, vou na cozinha e bebo um copo de água.

Eu até me proponho a ter um dia produtivo no serviço mas se torna um tanto impossível, eu estava de fato exausto e precisava dormir. Ana não estava muito diferente. 

Os dias seguintes passaram como um borrão e Ana e eu estávamos atolados com o fim do semestre, Daisy não tinha voltado para as suas aulas depois do incidente do desmaio e a Ana fez mesmo o que disse que faria, arrastou a amiga para os exames e pelo que ela contou sua mãe tinha voltado a conversar com a mãe da Daisy.

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