Capítulo 35

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Daniel

— Do que foi que essa lagartixa desnutrida chamou a minha Megan? — A mãe de Megan perguntou alto.

— Quem é essa mulher? — questionou minha avó. Ela analisou os recém chegados e sorriu com escárnio. — Devem ser mais pessoas da laia dessa menina.

— Dessa menina? — Marisa a encarou com mais raiva. — Quem você pensa que é para falar assim da minha filha, sua múmia de pedágio?

— Unicórnio, eu estou amando a sua mãe. — sussurrou Lucca empolgado.

— É claro que você é a mãe. — Mayleen a encarou com o mesmo desgosto que olhava para Megan e isso aumentou minha raiva. — Tão baixa e desqualificada quanto a filha.

— A senhora não devia ter dito isso — avisou Megan seriamente negando com a cabeça e me olhou com pesar. — Sinto muito pela sua avó.

A encarei confuso, assim como os outros, mas então ouvimos sua mãe novamente e as dúvidas de todos foram sanadas.

— Edward, segura o meu sapato. — Ela tirou os saltos vermelhos e os entregou para o meu pai enquanto amarrava o cabelo. — Vou dar uma surra nela.

— Isso é um absurdo. — Mayleen arregalou os olhos quando viu Marisa caminhando na direção dela com determinação.

— Absurdo é goiabada sem queijo, isso que eu vou dar na sua cara é mais do que merecido.

O primeiro tapa no rosto de Mayleen fez um estalo alto e os outros dois seguintes também, em seguida Marisa segurou a senhora pelos cabelos sem se importar com os pedindo de ajuda dela.

— Arrasa, tia Marisa! — Suzane disse alto e nossos amigos se juntaram a ela na torcida.

— Pega essa múmia, amor! — gritou o pai de Megan incentivando.

— Eu realmente amo toda a sua família, Unicórnio — Lucca estava ainda mais alegre. — Será que eles não querem me adotar?

Tinha que confessar que minha sogra era sem igual e agora eu entendia completamente de onde vinha a personalidade da minha noiva, que já havia dito muitas vezes que sua mãe era sua inspiração e grande orgulho.

Talvez eu devesse estar fazendo algo para impedem aquilo, mas Mayleen merecia isso e muito mais por todas as coisas ruins que havia feito ao longo da vida com meus pais, comigo e agora com Megan, que eu nunca mais deixaria que tivesse dúvidas quanto ao que eu queria para o meu futuro, que era tê-la ao meu lado como minha esposa e formar uma família com ela tão boa quanto a que nossos pais tinham.

Marisa puxou Mayleen até levá-la ao chão e montou em cima do seu corpo dando outro tapa na cara dela enquanto minha avó gritava enraivecida.

— Esse é para você ter educação. — Outro tapa. — Esse é para aprender a respeitar as pessoas. — Mais dois tapas. — E esses são por não ter respeito com a minha filha. Nunca mais se aproxime da Megan!

Marisa ficou de pé jogando os cabelos para trás e caminhou até o marido para pegar de volta os sapatos enquanto meu avô ajudava Mayleen a se levantar e a guiava para saírem da casa junto com meu primo, sua esposa e Juli.

Todos eles estavam xingando em chinês e eu teria ficado irritado com o que diziam se a situação não fosse cômica.

— Você vai mesmo ficar com essa gente, Daniel? — gritou Mayleen furiosa. — Pessoas dessa classe, que agem como animais?

— Essas pessoas são mil vezes melhores do que toda a sua família egocêntrica e preconceituosa, que vive apenas de aparências e status. — Me mantive sério ao falar sem nenhum arrependimento. — Estou mais do que feliz em viver ao lado de todos eles e tê-los na minha vida como a minha família.

Tempestade Bem-Vinda - Livro 1 Série: Paixão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora