Capítulo 27

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Pov. Ruby

Minha boca está escancarada enquanto vejo o Milksheik se contorcer no chão com dor, Gisele e suas entradas triunfais...

- Gisele, você ficou louca de vez?

- Eu é quem te pergunto, venho aqui toda trabalhada na mulher-maravilha salvadora da pátria e você me recebe assim, não parece que precisa de socorro. - ela aponta para minhas roupas e só agora percebo que estou com a camisa de Faruk.

- O socorro não é mais tão necessário, não para mim pelo menos, já que agora o Sheik ali vai querer matá-la. - faço questão de conversarmos em português, já que eles não parecem entender muito bem.

- Que história é essa de Sheik?

Nossa conversa é interrompida pela voz da babá que me acompanhou outro dia, o mesmo que entrou com Gisele, ele coloca um pano na mão de Faruk, creio que para ajudá-lo a tirar a pimenta dos olhos.

- Sayidi? - ele se dirige ao gostosão, mas quem é Sayidi?

- Me traga um saco de gelo, Chris. - sua voz está mais grave do que jamais ouvirá, Gisele o conseguirá irritá-lo num ponto que nem mesmo eu havia conseguido?

Quase que imediatamente ele sai rápido em direção à cozinha, meu coração parece que vai saltar pela boca tamanha a tensão ao imaginar o que deve estar se passando pela sua cabeça, ele se levanta o suficiente para conseguir ir até o sofá e se jogar contra o encosto.

- Faruk? - não sei o tamanho da sua raiva, mas decido arriscar um pouco...

- Quieta! Ninguém fale nada nessa porra dessa sala, ou eu juro que não respondo por mim.

Minha língua coça para respondê-lo de uma forma sarcástica ou provocá-lo, mas acho que seria brincar demais com a pouca sorte que ainda temos.

Chris volta e entrega o saco de gelo que ele logo coloca por cima da calça e solta um suspiro de alívio alto o suficiente para sabermos que devia estar doendo muito. Chris se vira em nossa direção e seu olhar também é de poucos amigos. Ele aponta para Gisele e logo depois para mim, e passa o polegar pelo pescoço, como se mostrasse que estaríamos mortas assim que Faruk se recuperasse.

O olho indignada e levanto os braços em sinal de inocência, não havia feito nada, aponto para Gisele que está com cara de paisagem, a culpa era dela apenas, quase o deixou estéril e cego. Ela me olha com raiva e levanta sete dedos, duas vezes, falando, em "silêncio", que eu havia pedido socorro primeiro por isso, chegou dessa forma na porta do quarto. E logo depois levanta apenas o dedo do meio, e mostra a língua, como a bela mulher madura que é. Aponto para Faruk para mostrar seu estado, mostrar o que ela havia causado, ela apenas dá de ombros como se nada fosse culpa dela.

Imito seus gestos, pois sou tão madura quanto ela e posso ver que Chris nos olha como se fossemos loucas discutindo sem emitir nenhum som, ela tenta, não com muito sucesso descobrir se eu fiquei com o Sheik, aponta para ele e depois para mim e faz gestos com o corpo que imitavam atos sexuais, balanço a cabeça incrédula e o guarda-roupas em forma de gente a olha da mesma forma, movo a minha boca para que ela consiga me entender e digo com todas as letras que eu mesma vou matá-la, ela me dá um sorriso amarelo em resposta e nossa não discussão é interrompida quando Faruk começa a se ajeitar no sofá e tira o pano de seus olhos, a safada se esconde atrás de mim como uma covarde.

- Já que você e suas teias de aranhas parecem ter conquistado o gostosão ali, me livra dessa tá bom, te amo. - a voz sussurrada de Gisele me deixa ainda mais nervosa.

- De qual forma você prefere morrer? - ele olha diretamente na direção de Gisele e sinto ela cutucar as minhas costas quando vê o olhar assassino que ele lhe lança.

Nas Amarras Do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora