Pov. Ruby
- Em que posso ajudá-la? - sua voz e calma e reconsidero por um segundo se devo mesmo fazer isso. Devo.
- Eu estou de férias por alguns dias com o meu namorado e o post... Digo, o Chris ali fora é um amigo dele. - ela apenas concorda com a cabeça não entendendo muito bem aonde eu quero chegar. - Tem um tempo já que a nossa relação sexual não é das melhores, ele já não fica mais tão entusiasmado como antes, entende?
A mulher à minha frente fica uns cinquenta tons de rosa e vermelho diferentes, com certeza em um país tão conservador ninguém chega em uma confeitaria falando assim com uma atendente, mas precisava deixar ela o mais constrangida possível, só assim ela não duvidaria da minha história e me ajudaria.
- Eu sei que não é a melhor forma de abordar alguém, mas é que no meu país não temos muitos problemas temas assim.
- Sem.. Sem problemas, senhorita. Mas ainda não entendi em que posso lhe ser útil. - sua voz falha um pouco e ela desvia os olhos do meu rosto.
- Eu consultei um médico e ele me recomendou um remédio que pode ajudar o meu namorado, mas conhecendo-o como conheço ele irá se fazer de durão e não irá tomar. Ele ama bolo Red velvet e até me pediu para levar um pedaço para ele quando eu voltar para o hotel. Por isso pensei que vocês poderiam triturar uns comprimidos e misturá-los na massa ou no recheio para que ele tome e assim nos ajude. Sexualmente, sabe?
A mulher me olha como se eu fosse maluca e não a julgo, o meu pedido é mais do que maluco, mas o Sheik não iria me odiar, aposto que até iria até me agradecer por ajudá-lo.
- Tem certeza, senhorita?
- Tenho sim, o meu namorado não consegue admitir que tem um problema, por isso vim aqui com o amigo dele para fazer essa surpresa. Ele é tudo para mim e sei que o fato de trabalhar mais rápido que o flash na cama o deixa mal, já perdi as contas de quantas vezes ele já disse "isso nunca me aconteceu antes".
Entrego dois comprimidos para ela que mesmo desconfiada os pega e vai até onde imagino ser a cozinha. Olha para a porta e minha babá ainda está pendurado no telefone, aproveito para ler um pouco a bula e quase caio para trás quando vejo que para ter efeito ele tem que ser estimulado, tem que ficar excitado. Droga.
Ouço o barulho da portas e assim que eu vejo quem é volto a esconder o remédio e a bula. Ele se senta a minha frente e me olha com cara de paspalho.
- Está tudo bem com o meu noivinho? - uso o máximo de sarcasmo que consigo.
- Ele está bem.
- Perguntou de mim?
- Por que quer saber?
- Quem disse que quero? A pergunta só foi no automático.
Graças a Deus a garçonete volta com os nossos pedidos e assim ele cala a boca.
- Seu outro pedido ficará pronto em alguns minutos, senhorita.
- Muito obrigada.
Ela deixa nossos pedidos e sai para atender um casal que acabará de entrar.
- Que outro pedido é esse?
- Uma sobremesa especial para o meu querido noivo.
- O que está aprontando? Preciso deixar o hospital sobre alerta?
- Quem você acha que eu sou? Alguma doida? - coloco a mão no peito olhando indignada para ele. - Eu só pedi um bolo do sabor que você disse que ele gostava. Nada de mais.
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Nas Amarras Do Sheik
RomanceO que uma escritora e um Sheik árabe têm em comum? Aparentemente nada, certo? Errado! Ruby González é uma escritora de romances, de vinte e sete anos que anda tendo problemas para escrever depois de ser traída por seu primeiro e único namorado. Uma...