Capítulo 10

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Pov. Faruk

Certo, talvez as coisas tenham fugido um pouco do meu controle. Só talvez o meu plano tenha mudado drasticamente e agora tenho uma latina irada, doida para me bater, presa dentro da minha cabana.

Penso por alguns minutos no que devo fazer e tento manter a calma, ter ela tão perto de mim naquele cavalo foi uma luta, não imaginei que seu corpo fosse mexer tanto comigo, foi uma tarefa muito difícil não avançar mais do que devia, mas respeitaria ela ao máximo nesse quesito, só avançaria em um contato mais íntimo quando ela permitisse.

Ligo para o doutor Rajesh e peço para que venha com urgência até a terceira base de Rub' al-Khali, graças a localização e a tempestade de areia sem fim, sua chegada demoraria algumas horas, a base onde estávamos era uma das bases mais seguras e distantes de Riad, cercada de perigos a sua volta, tais como animais selvagens venenosos e alguns pontos com areia movediça, isso impede que inimigos ou que curiosos se aproximassem demais, apesar de não ter ligação direta com as decisões tomadas no meu país, só o fato de ser ligado biologicamente a monarquia que imperava em toda a Arábia, já me colocava em destaque demais e qualquer cuidado era pouco.

Pego o kit de primeiro socorros que mantínhamos na base e suplico a Alah que me dê paciência para lidar com aquela mulher. Dispenso Zain por enquanto dá guarda da minha porta, ela não sairia ou fugiria da cabana enquanto eu estivesse lá dentro.

Entro na minha cabana e a vejo encolhida entre um monte de almofadas, posso ver algumas marcas de sangue sobre a sua camisa, tinha que lembrar de matar Âmis por fazer o camelo ir tão rápido, sua função era fazer com que ela chegasse sã e salva e não era isso que eu estava vendo.

- Olá, mulher! - ela leva um pequeno susto e logo foca sua atenção em mim, seu rosto mostra o quanto não está feliz.

-  Eu tenho nome, seu troglodita! - sua voz sai raivosa e já me preparo para o show que ele pode dar.

- Sente aqui para que eu possa cuidar desses machucados.

Aponto para uma cadeira perto de onde estou, ela olha pra mim e depois para a cadeira, faz isso algumas vezes, mas não se mexe nenhum centímetro sequer.

- Ande mulher, quer ficar sangrando aí até quando?

- Não pedi para vir me ajudar!

- Não estou vendo outra pessoa aqui para fazê-lo. - olho em volta mostrando que só temos nós dois aqui.

- Me leve de volta para o hotel que eu acho alguém para me ajudar ou um hospital.

- Isso não vai acontecer, mulher! É melhor você se acostumar logo.

Caminho até onde ela está e quase solto um xingamento quando vejo ela se afastar e se encolher.

- Não tem motivos para ter medo de mim, agora venha até aqui para que eu possa fazer seus curativos!

- Ahh claro, um completo estranho me joga dentro de uma cabana, impede que eu saia, diz que agora temos um relacionamento bizarro e eu tenho que concordar de bom grado?

- Primeiro, não sou um completo estranho, já te disse meu nome e me apresentei a você. Segundo, você não está presa a essa cabana, tenho várias outras em que você pode ficar, mas devido a possível fratura da sua perna, não sei se é seguro sair assim e terceiro, não temos um relacionamento bizarro, no meu país arranjos assim são mais do que comuns.

- Mas eu não sou da droga do seu país, eu nem queria vir para esse lugar...

Me aproximo mais dela que está distraída falando sem parar como é horrível estar aqui e mais um monte de besteiras que não dou ouvidos.

- Cuidado com essa boca menina, por muito menos línguas já foram arrancadas... - ela estremece um pouco com a minha fala, mas finge não se abalar. - Agora deixe-me ver esses machucados.

Ainda contrariada ela levanta um pouco sua camiseta e posso ver os machucados causados pela tempestade, não ficaria nenhuma cicatriz, apenas alguns dias e mal daria para notar que esteve machucada.

Abro a pequena maleta e pego o soro fisiológico junto com o algodão, começo a limpar alguns cortes em sua barriga e cintura, nos cortes mais fundos passo uma pomada cicatrizante e faço um curativo.

- Vire-se, mulher!

- Educação mandou lembranças e disse que sente muito a sua falta, ogro! Como você quer que eu me vire com a minha perna machucada do jeito que está?

- Então, venha um pouco mais para frente. - ignoro seu mal-humor para não precisar respondê-la à altura.

Ela solta o ar com raiva, mostrando o quanto está irritada e me seguro muito para não rir, acho que deixar ela bravinha vai ser um bom passatempo por esses dias. Me levanto, dou a volta por seu corpo e me sento atrás dela com as pernas esticadas e começo a limpar alguns machucados que haviam ali também.

- Precisa se sentar tão próximo assim? - sua voz sai mais afetada agora do que antes.

Não a respondo e continuo o meu trabalho, reparo como os arranhões e o sangue contrasta com sua pele alva, minha mente pervertida trabalha mais do que devia e imagina como devia ser seu traseiro, se era tão branquinho como o resto do seu corpo, será que com algumas palmadas também ficaria rosado dessa forma? Sinto meu membro enrijecer apenas com essa visão, o seguro sem que ela perceba e o aperto tentando conter o tesão.

- Você está bem?

- O que?

- Está resmungando umas coisas desconexas aí...

Respiro fundo e limpo minha garganta tentando voltar ao foco, faço tudo de forma automática e rapidamente para que minha mente não venha me trair de novo. Limpo um último arranhão em seu pescoço e sinto ela se retrair um pouco, levemente assopro seu pescoço e vejo sua pele se arrepiar em todos os lugares que eu conseguia ver, acho que não era o único afetado por aqui.

- Você ficará aqui nessa cabana, logo mandarei te trazerem uma bacia para tomar banho e comida fresca, tente não se esforçar muito o médico só conseguirá vir amanhã que é quando a tempestade dará uma trégua. - recolho tudo que usei e guardo dentro da maleta.

- Espera! Aonde você vai?

- Olha, vai ficar com saudades de mim?

- Não! Só quero ter certeza se é longe o suficiente para que eu consiga fugir daqui a tempo!

- Não se preocupe pequena diaba, logo estarei de volta.

- Espera, de novo! Cadê minha bolsa?

- De novo, não se preocupe, trarei ela quando eu voltar.

- Não mexa em meus pertences, seu troglodita!

- Está escondendo alguma coisa lá dentro, mulher?

- Sim! - sua resposta me deixa surpreso e curioso.

- E posso saber o que é?

- Seu bom senso!

Sua petulância misturado com seu sarcasmo me pegam de surpresa e é impossível não rir com ela, saio ainda gargalhando com suas respostas sempre afiadas e vou descobrir o motivo dela querer tanto sua bolsa.




Oie pessoinhas

Como vocês estão? Quem ai acha que esse Sheik vai sofrer na mão da nossa Ruby? kkkkkkk

Mais tarde posto o outro cap do Sheik delicia 

Nas Amarras Do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora