Capítulo 41

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Pov. Ruby 

Um falatório irritante e um bip constante me acordam do sonho bonito que estava tendo com flores do campo e o gostoso do Chris Evans sem camisa, o engraçado é que não me lembro de ir dormir ontem à noite, o dia de autógrafos realmente acabou comigo, me deixou exausta, até pesadelos com o Milksheik voltando eu tive.

Com preguiça continuo de olhos fechados na esperança de voltar ao mundo dos sonhos e aos braços do capitão América, tentando ignorar o que Gisele faz tão cedo em meu apartamento que não cala a boca e o porquê desse despertador não desligar nunca.

Vozes altas continuam falando/gritando em meu ouvido o que torna a tarefa de voltar a dormir impossível, decido abrir os olhos e ver o que está acontecendo já que não tenho escolha. A luz forte cega meus olhos e tenho que fechá-los novamente, será que me esqueci de fechar a cortina também?

Tento novamente e pisco os olhos algumas vezes até que se acostumem com a claridade, a primeira coisa que consigo perceber é o teto branco com lâmpadas paralelas, definitivamente não estou no meu quarto. O desespero bate e olho em volta, uma cadeira azul ao meu lado e um sofá logo mais a frente, o bip irritante aumenta e quando olho na direção do som vejo uma máquina monitorando meus batimentos cardíacos e uma bolsa de soro conectada ao meu braço, ainda bem que não estava acordada quando ligaram isso em mim, odeio agulhas. Mas que merda estou fazendo em um quarto de hospital?

Apoio as mãos ao lado do meu corpo e me impulsiono para sentar, o que não é uma tarefa muito fácil, por que estou tão fraca?

Perto da porta vejo o motivo de ter sido despertada Gisele parada conversando com alguém do lado de fora que não consigo ver pela posição em que estou, mas pelas vozes exaltadas que ouvi quando estava acordando tenho certeza de que estavam brigando.

- Gi? - minha voz sai arranhada, preciso muito de água, mas ainda assim ela parece ter me ouvido já que vira o rosto na minha direção e vejo o alívio em seu semblante quando me vê sentada.

- Quando é que você vai parar de me assustar assim em?! - ela me esmaga em seus braços e a máquina volta a apitar freneticamente quando fico sem ar.

- Eu preciso de ar... Me solta. - ela é incrivelmente forte para o seu tamanho e parece desconhecer esse fato. - Pode me dar um pouco de água.

Ela me solta e vai até o pé da maca onde tem uma mesinha móvel com uma garrafa de água e copos descartáveis, odeio tomar água quente, mas minha garganta parecia que tinha sido arranhada por um gato furioso, então me forço a engolir a água e o alívio é quase que imediato.

- Com quem você estava conversando na porta? E, aliás, por que eu estou aqui? 

Seu rosto se volta de novo para a porta e posso jurar que ouvi um "desculpe" sair da sua boca antes que a porta fosse aberta por completo, viro minha cabeça na mesma direção que ela e toda a cena a seguir parece estar em câmera lenta, um longo par de pernas é a primeira coisa que eu vejo, as roupas escuras e formais, o ar parece ter sido tirado do meu pulmão, Chris é o primeiro que eu vejo, meu rosto deve estar tão em choque que recebo um sorrisinho consolador dele, mas não consigo retribuir. Continuo com os olhos vidrados na porta, se Chris está aqui significa que não foi um maldito pesadelo.

Faruk passa pela porta, como sempre com sua postura dura e inabalável, como se fosse dono do mundo, seus olhos prendem os meus e sinto minhas pernas amolecerem, ainda bem que estou sentada, não seria nada legal cair que nem uma jaca mole na sua frente, seu olhar percorre todo o meu corpo examinando cada parte demoradamente, sinto meu rosto esquentar sob seu olhar. O silêncio ensurdecedor continua por mais alguns minutos até a porta ser aberta novamente e um médico e enfermeiro passarem por ela.

Nas Amarras Do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora