Capítulo 52

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Pov. Faruk

Quando foi que eu fiquei tão submisso assim de uma mulher?

Essa é a unica pergunta que ronda minha cabeça enquanto ligo o forno em uma temperatura baixa, logo depois de ter pego o pote de sorvete esquecido em cima da mesinha e guardado de volta na geladeira, nem em sonhos jogaria fora mais alguma coisa de Ruby hoje, ela pode ter esquecido e se distraído com o quarto do bebê, mas não quer dizer que tenha me perdoado, mesmo que tenha feito tudo isso pelo bem dela e do nosso bebê que está carregando.

Escuto o chuveiro ser desligado e desligo também o forno, levo os pratos e copos para a sala para que ela fique mais a vontade e coma sentada no sofá mesmo, preparo a mesinha de centro, pego um refrigerante sem açúcar da geladeira, até chego a pegar o vinho que comprei mais cedo, mas como ela não pode beber guardo de volta e opto por beber refrigerante também, mesmo não sendo muito fã.

Sinto o cheiro do seu perfume antes mesmo que consiga ouvir os seus passos pelo corredor e tenho que me controlar já que mais cedo quase gozei nas calças como um adolescente com as suas provocações.

- O cheiro está maravilhoso! - me viro para ela que caminha em direção a cozinha me dando visão total da sua bunda que o pijama não esconde. 

- A visão também. - ela vira apenas o rosto me olhando indignada como se não fosse exatamente esse o efeito que ela queria causar usando essa roupa minúscula.

- Se concentra na comida Faruk.

- É exatamente isso que estou fazendo. - ela coloca as duas mãos em cima do bumbum querendo tapar a minha visão do paraíso, mas isso só faz com que mais ideias perversas pipoquem em minha mente. - Se quer saber isso não ajuda, só dá asas a minha imaginação.

- Se eu soubesse que você estava no cio eu nem tinha saído do banheiro

Ela pega a pizza no forno com o auxilio de um pano de prato e só aí consigo fazer com que o sangue volte para a cabeça e corro para ajudá-la e para que não acabe se queimando, ela mesmo a contra-gosto me entrega a forma com a pizza e se senta no sofá se servindo de um copo generoso de refrigerante e serve também um copo para mim, em menor quantidade.

Me sento ao seu lado no sofá e começamos a nos servir. Comemos em um silêncio confortável, realmente Chris cozinhava muito bem e eu tinha muito o que aprender, só depois que metade da pizza se foi é que ela senta de lado no sofá de frente para mim e me olha em expectativa.

- Agora que estou alimentada pode começar a falar.

- O que mais quer saber?

- Se não me falha a memória você parou na parte em que Hakim havia matado o seu pai e confessou isso abertamente para você. - ela não parece a vontade em citar isso, mas sua curiosidade acaba vencendo. - O que aconteceu depois?

- Bom, praticamente começamos uma caçada de gato e rato, sempre que chegava perto de pegá-lo ele conseguia se esgueirar e fugir, diminui minha presença pública para que os ataques aos meus homens também diminuíssem e passei a morar no deserto, também consegui colocar um informante entre seus homens que me passava todas as informações e seus passos, isso funcionou por um tempo, até que ele acabou descobrindo o meu calcanhar de Aquiles.

- Qual?

- Você. - ela parece chocada e acaba se engasgando com um pouco de refrigerante, dou leves tapinhas nas suas costas até que ela volte a respirar normalmente e me olha em expectativa para que continue.

- Todas as suas tentativas de me afetar anteriormente foram falhas já que minha mãe estava protegida na fortaleza e ele nunca soube a sua localização, mas de algum modo ele acabou descobrindo sobre você, acho que no começo ele nem tinha certeza se você era mesmo valiosa para mim de alguma forma, só que eu falhei e acabei me descuidando da sua segurança.

Nas Amarras Do SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora