Nas Amarras Do Sheik

Capítulo 7

Pov. Ruby

Depois de um dia relaxante no spa que mais parecia uma ilha dentro do enorme hotel, cada vez mais me convencia de que o dono não tinha problemas em esbanjar dinheiro e isso com certeza seria para compensar alguma coisa. 

Almoço e janto no restaurante do hotel mesmo, ainda não me sentia preparada para enfrentar o calor infernal do deserto, um pouco antes de me deitar, ligo para Gisele por chamada de vídeo e me sinto vingada quando sou eu quem a acorda, conversamos por algumas horas e conto sobre o luxo que é cada parte do lugar e também como minha escrita estava fluindo incrivelmente bem, envio por e-mail as seis páginas que escrevi e que passei para o laptop, e depois de uma eternidade lendo ela finalmente aprova o conteúdo com um enorme sorriso e meu coração parece saltar por saber que minha inspiração está voltando, a escrita sempre foi o meu escape e não tinha notado como perder essa parte da minha vida tinha me afetado.

Durmo o sono dos justos e acordo feliz sem nenhuma recepcionista cara de urubu me acordar com o toque irritante do telefone, puxo o celular da cabeceira e vejo que ainda são sete e meia da manhã, ainda estava muito cedo, mas não me sentia com sono. Sento na beirada da cama e me estico, sentindo meu corpo relaxar e pego o cronograma de programas que poderia fazer tanto pelo hotel como pela cidade, hoje haveria um passeio guiado de camelo pelo deserto e resolvo dar uma chance para o calor infernal.

Tomo um banho relaxante e bem demorado na banheira, a água quentinha junto dos sais perfumados estavam trazendo o sono de volta para o meu corpo, depois de quase cair no sono duas vezes resolvo sair e me arrumar para tomar o café da manhã no restaurante mesmo. Puxo minha lingerie de uma das gavetas do guarda-roupa e monto um look básico com as roupas que Gisele colocou em minhas malas, apenas uma calça jeans escura e uma camiseta florida, não passo nenhuma maquiagem e deixo meus cabelos soltos mesmo para secarem naturalmente, calço um par de sapatilhas e pego minha bolsa perto da porta.

Caminho até o elevador e dou graças a Deus por ele já estar perto do meu andar, só Deus sabe o quanto esperei por ele ontem assim que sai do spa, não tinha noção do quanto esse hotel era enorme, escutei uma conversa das camareiras que o dono do hotel iria passar por aqui e todo o último andar devia estar impecável para o caso de ele passar mais tempo por aqui, confesso que minha curiosidade de saber como ele era aumentou em mil por cento depois disso.

Aperto o botão do elevador e logo ele chega, o mesmo ascensorista me recebe com um sorriso no rosto, olho para ele e tento arriscar um pouco o meu árabe recém descoberto.

- Sabah alkhyr(Bom dia) - ele me dá um sorriso aberto em resposta, acho que acertei.

- Sabah alkhyr sayidataa aljamila(Bom dia linda senhorita) - depois de não fazer a mínima ideia do que ele respondeu, apenas dou um sorriso como se tivesse entendido e indico com a mão o andar que quero ir. Tenho que consultar de novo o dicionário que estava lendo para não passar por nenhuma situação constrangedora no futuro.

O elevador para no térreo e sigo até o restaurante que havia ali, existiam quatro restaurantes ao todo no hotel, um no vigésimo quinto andar, um no terceiro e esse no térreo, que era o único que era aberto para todos, não só para os hóspedes, e o último ficava no último andar e era exclusivo do dono do hotel e seus convidados, o servia vinte e quatro horas, apenas um dia no spa e já tinha um monte de informações sobre esse luxuoso hotel.

Tomo o meu café da manhã na área aberta do restaurante, um guarda sol enorme me protegia do sol e a essa hora da manhã um vento fresquinho batia, assim que termino afasto os talheres e puxo as várias anotações e o meu caderno da bolsa, pego também meu lap top e faço algumas pesquisas sobre o hotel e sobre o deserto, com todas as coisas que descobri sobre esse hotel a vontade de colocá-lo de alguma forma em minha história surgiu, e o fato da sua fachada parecer um castelo seria perfeito em um livro de romance.