Trinta E Um

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Tudo bem com vocês? Nem demorei tanto assim, vai?

Gostaria de agradecer a todos que deram uma chance pra minha historinha nova! 🥺 Se você ainda não foi conferir, é só entrar no perfil da tia aqui e clicar em "Meu Abrigo". Faço propaganda mesmo! Kkkkk

Espero que gostem deste capítulo. Estamos de volta com o POV da Sarará e as duas acordaram foguentas, então o capítulo é para maiores de 18 anos. Estejam avisadas.

Não esqueçam de me contar o que estão achando! O feedback de vocês é sempre essencial, então comentem bastante!

Beijo e boa leitura!

*****

Acabou que ficamos na praia até quase o fim da tarde naquele domingo. O dia estava agradável, e depois daquele momento péssimo com aquela homofóbica, as coisas seguiram tranquilas. 

Aproveitei para curtir não só a companhia da Ju, mas da minha irmã também. Desde que ela começou a namorar o Arthur e eu a Juliette, nosso tempo juntas tinha diminuído consideravelmente. Por mais que ela pegasse demais no nosso pé - e ela e o João juntos eram um problema - eu amava a companhia dela. Com pouca diferença de idade, sempre fomos muito unidas.

Chegamos em casa perto das cinco da tarde. Enquanto eu via alguma coisa de lanche para a gente, a Ju colocou Guilherme e Manu no banho. Os dois estavam cansados e sonolentos após um dia muito bem aproveitado na praia e eu sabia que não ia demorar até os dois apagarem.

Tentei abafar um bocejo enquanto colocava pão na torradeira. Juliette tinha falado que só ia dar banho no Gui e chamar um Uber para ir para casa, mas eu sabia que ela estava tão cansada quanto as crianças. Tinha certeza que ela estaria dormindo lá na minha cama na próxima meia hora. O estresse da manhã, mais o álcool e um dia de praia a tinha deixado exausta.

Deixei os pães torrados em cima da mesa da cozinha com um suco e fui atrás dos meus amores. Encontrei um Gui extremamente sonolento na sala, vestido só com uma bermuda. Jogado no sofá, ele aparentemente tinha acabado de ligar a televisão, e disse que a Juliette e a Manu estavam no quarto. 

Caminhei silenciosamente até o quarto da minha filha. Quando cheguei lá, me deparei com uma cena linda. Juliette desembaraçava o cabelo da Manu com cuidado, enquanto elas conversavam sobre os esportes que a minha filha gostava. 

-- E você tá gostando de fazer karatê? -- Ju perguntou com um sorriso, e minha filha balançou a cabeça animadamente.

-- Tô adorando, tia Ju. Mês que vem já vou trocar de faixa. É muito legal. Aí tô fazendo karatê, inglês e quando a fisioterapia acabar, minha mãe disse que eu posso escolher um outro esporte, se eu quiser. 

-- Que legal, meu amor. Você gosta de esporte, né? Deve ter sido difícil não poder fazer muita coisa com a perna engessada. -- Ju perguntou delicadamente e Manu deu de ombros.

-- Foi no início quando eu só podia ficar deitada, principalmente no hospital. Lá foi muito ruim. 

A vozinha dela adquiriu um tom melancólico, e eu tive que me controlar para não ir até a minha filha imediatamente. Mas eu sabia que esse momento com a Juliette era importante. Elas raramente tinham a oportunidade de conversar só elas duas, então me segurei e fiquei apenas ouvindo. 

Sim, eu tinha plena noção que não deveria estar escutando atrás da porta, mas era mais forte que eu.

-- É? Por quê, minha linda? 

-- Tudo doía e eu não conseguia me mexer. E minha mãe chorava muito. Ela achava que eu tava dormindo, mas eu vi ela chorando várias vezes. E eu não queria que ela chorasse. 

Luz no fim do túnel - AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora