Luz no fim do túnel - AU Sariette

Trinta E Oito

Oi, meus amores! Volteeeei!

A notícia que ninguém acreditou: Luz no fim do túnel tá de volta, meu povo!

Trago pra vocês a primeira parte da tão esperada viagem para Campos do Jordão.

ATENÇÃO: Capítulo especial para maiores de 18 anos.

Espero que gostem. Comentem bastante!

Xêro na cara e boa leitura!

***

O céu estava de um azul incrível e sem uma nuvem enquanto subíamos a serra para Campos dos Jordão. Tínhamos acabado de sair de uma reunião com executivos da Globoplay, onde a Juliette tinha finalmente assinado o contrato para consultoria na minha nova série.

A reunião havia sido um sucesso e a Ju tinha conseguido um excelente valor por episódio, além do laboratório. Foi acordado seis mil por sessão de laboratório, além de quinze mil por episódio para ela prestar consultoria por uma temporada inteira. 

Quando saímos do escritório, minha noiva não cabia em si de felicidade. 

-- Sarah do céu. Sarah. -- Juliette enlaçou meu braço com o seu, se aconchegando ao meu lado. Apesar da temperatura ter subido um pouco, ainda estava bem frio na capital paulista. -- Amor, pelo amor de Deus. Eu nunca assinei nada que valesse tanto dinheiro na minha vida. Meu Deus. 

-- Você merece, linda. Isso é só fruto do teu esforço, de todos os anos que você tá na polícia arriscando sua vida pra fazer justiça. Ou você acha que eles te escolheram só pelos meus belos olhos e porque eu tô apaixonada por você? -- Brinquei e ela deu uma risada. -- Eles foram checar todo o teu currículo e pedir referências suas. -- Dei um beijo nos seus cabelos enquanto esperávamos o sinal fechar. -- Mas tô muito feliz que vamos trabalhar juntas. Não vejo a hora de você me ensinar a posar de policial fodona igual a você.

Lancei um sorriso safado em sua direção e ela riu, buscando minha mão para entrelaçar nossos dedos. Quando o sinal abriu para a gente, atravessamos a rua de mãos dadas, o metal frio da aliança em seu dedo tocava minha pele como um lembrete permanente de que isso tudo estava acontecendo de verdade. 

Estávamos noivas.  Em algum momento, em um futuro próximo, iríamos casar. Real, oficial. Parecia um sonho.

Hoje quando acordamos, fizemos um amor tão gostoso, devagar e cheio de carinho para reafirmar tudo que sentíamos. A manhã estava fria lá fora enquanto nossos corpos se aqueciam da melhor forma possível na cama.

Depois da reunião, almoçamos ali pela Avenida Paulista mesmo e voltamos ao hotel apenas para pegar nossas coisas. Havíamos alugado um carro para facilitar nossa viagem para Campos do Jordão e às três da tarde já estávamos na estrada. 

Eu fui dirigindo, já que conhecia o caminho, enquanto a Ju foi cantarolando as músicas que tocavam no rádio. Ela finalmente havia escolhido um dos smartphones que a Samsung havia nos presenteado e agora estava igual a uma criança feliz, configurando seu brinquedinho novo. 

Chegamos em Campos do Jordão no fim da tarde, quando o sol estava correndo de encontro ao horizonte. A temperatura gélida quando saímos do carro quentinho nos pegou de surpresa, tirando nosso fôlego. 

Juliette correu para se agasalhar e eu ri do seu desespero em achar luvas para aquecer suas mãos. Antes que ela conseguisse encontrar suas luvas pretas, eu dei a volta ao redor do carro e a puxei para os meus braços, envolvendo-a com o meu sobretudo.

-- Pronto, friorenta. Tá melhor assim? -- Perguntei com uma risada e ela revirou os olhos, mas se aconchegou no meu abraço. 

-- Tá doido, não tô acostumada com esse frio todo, não. Chega os ossos doem. -- Ela reclamou, mas seus olhos brilharam quando ela viu sua respiração condensar na sua frente, formando uma nuvem branca quando ela falava. -- Olha isso!