DOIS

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Nota: Obrigada a todos que tiraram um tempinho para ler! Adoraria saber o que vocês estão pensando, então pode sentar o dedo nos comentários! Capítulo longo porque essas duas não param de falar

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Nota: Obrigada a todos que tiraram um tempinho para ler! Adoraria saber o que vocês estão pensando, então pode sentar o dedo nos comentários! Capítulo longo porque essas duas não param de falar. É um problema sério.

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DOIS

-- Mãe?

Ouvi a voz do Gui de longe, como se ele estivesse dentro de um túnel. Mas estava tão bem, me sentindo tão contente que apenas disse para que ele viesse mais perto.

-- Mãe, tá tudo bem? -- Dessa vez senti alguém sacudindo meu ombro. -- Mãe, acorda!

Abri os olhos de repente.

Guilherme me olhava com preocupação, seus olhos passeando entre o meu rosto e o meu braço, até que percebi que eu estava deitada no sofá. Pisquei algumas vezes, tentando entender como tinha ido parar ali.

-- Tá tudo bem, mãe?

Assenti, me espreguiçando lentamente até que uma dor súbita no meu braço registrou no meu cérebro. E aí tudo voltou. Os flashs do caso de hoje, o brilho da faca, a dor lancinante quando a arma afiada atingiu meu braço.

Gemi baixo, mordendo meu lábio para que Gui não visse que eu estava com dor. Mas ele era esperto e eu sabia que não adiantava tentar enganá-lo.

-- Você se machucou? -- ele perguntou baixinho, seu dedinho tocando o curativo no meu braço bem devagar.

-- Não é nada, meu amor. Foi só um acidente. Cortei o braço, mas já tá tudo bem. -- Expliquei, mas ele continuou me olhando desconfiado.

-- Seu celular tava tocando. Era a mãe da Manu. -- ele falou depois de alguns segundos em silêncio.

Meu coração até errou as batidas. Fazia uma semana que a gente tinha se conhecido no hospital, e desde então ela não tinha entrado em contato. Imaginei que ela estava ocupada ou só tinha falado aquilo para ser legal. Nem imaginava que ela ligaria mais.

-- Você atendeu? -- perguntei, nervosa, e o Gui revirou os olhos.

-- Claro que não, né, mãe. Você sempre diz que não é pra atender. -- ele me olhou com uma cara tão abusada, que eu dei um tapinha leve em sua cabeça.

-- Olha o juízo, hein, molequinho. -- Eu o repreendi, mas logo o puxei para o meu colo, dando um beijo em sua bochecha. Eu mal o tinha visto quando cheguei. Ele estava brincando com um amiguinho no quarto e eu não quis atrapalhar a brincadeira. -- Foi agora que ela ligou?

Guilherme meneou a cabeça positivamente e eu peguei o celular em cima da mesinha de centro.

-- Ela tá na TV mesmo, né, mãe? Vi ela agorinha numa chamada da novela.

-- Legal, né? -- Eu concordei, desbloqueando o celular. Duas ligações perdidas. Não tinha nem cinco minutos que ela tinha ligado. -- Cadê a Tilde, Gui? Já foi?

Luz no fim do túnel - AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora