Trinta E Quatro

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Oi, meus amores! Volteeeei!

Turupom com vocês?

Sei que demorei, mas a autora aqui tá meio atolada de coisa pra fazer. Trabalho, TCC da pós e aí a louca aqui ainda inventa de escrever duas fics ao mesmo tempo. Eu que lute, né?

Mas enfim, no momento as atualizações vão ficar um pouco mais espaçadas porque eu tenho que dar conta dos problemas da vida real. Sim, ser adulto com responsabilidades é uma bosta.

Esse capítulo nem era pra ser postado agora, mas como eu sei que vocês estão ansiosas, tô liberando esse mais curtinho.

Espero que gostem. Comentem bastante! O feedback de vocês é muito importante de verdade pra mim. Tô sem tempo de responder tudo, mas pode ter certeza que eu leio com todo o carinho do mundo e com o coração quentinho.

Beijo e boa leitura!

*******

O alívio que percorreu o meu corpo quando o médico disse que minha tomografia estava limpa quase me tirou as forças. Apesar de eu estar me sentindo relativamente bem, eu estava realmente apavorada de que algo mais grave poderia ter acontecido. 

E se eu tivesse com alguma hemorragia interna? E se, apesar de toda a sorte que eu tive, a ampulheta da minha vida estivesse nos últimos grãos de areia? O que aconteceria com o meu filho? Com o meu pai? Com a Sarah?

Todas essas questões assolavam a minha mente durante as longas horas de espera pela transferência, pelo exame e finalmente pelo resultado. Quando o Dr. José Luiz finalmente disse que estava tudo bem, eu tive que segurar as lágrimas para não desabar ali na frente dele. 

Meu pai não se conteve, e agradeceu ao médico com lágrimas rolando pelo seu rosto, antes de vir me dar um abraço com todo o cuidado do mundo. Respirei fundo, tentando não ceder à vontade de chorar, mas as lágrimas escaparam mesmo assim. 

-- Ô, minha Julinha. Graças a Deus, minha filha. Graças a Deus. -- Meu pai murmurou, dando um beijo nos meus cabelos.

-- Vou liberar sua alimentação, Juliette. Deve estar faminta, né? -- Dr. José sorriu para mim, e eu assenti com uma risada chorosa. -- Vou já pedir pra trazerem um lanche pra você, então. Amanhã de manhã passo aqui pra te ver, e estando tudo bem, você pode ir pra casa. 

-- Obrigada, Dr. José. -- Agradeci, me aconchegando do lado do meu pai, que estava sentado na beira da cama.

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, a porta se abriu e eu vi meu filho. Meu coração saltou dentro do meu peito. Hoje de manhã, com aquela sub metralhadora apontada para mim, eu tive certeza que nunca mais o veria. Vê-lo agora a poucos metros de distância era quase um milagre e enchia meu coração de alívio e felicidade. 

Guilherme ficou parado na porta por um longo momento, olhos arregalados e uma expressão de tanto receio que me partiu o coração. Daqui eu conseguia ver seu narizinho vermelho, e sabia que ele tinha andado chorando. 

Engoli por cima do nó na minha garganta e estiquei a mão para chamá-lo para perto de mim. 

-- Vem aqui com a mãe, vem, meu amor. -- Chamei, e ele olhou para a Sarah que estava atrás dele, como se pedindo permissão. Ela assentiu, apertando seu ombro. 

-- Vai lá, Gui. Só tem que ter cuidado no abraço, como a gente conversou. -- Sarah o assegurou, e eu sorri para ela, agradecida. Meu Deus, como eu amava essa mulher e o cuidado e amor que ela tinha com o meu filho. 

Guilherme se aproximou lentamente e só tocou na minha mão com as pontas dos dedos, seus olhinhos ainda tão assustados, que eu não estava aguentando. Eu nunca mais queria que meu filho passasse por isso de novo. Sua angústia era tão clara no seu rostinho, que tudo que eu queria era carregá-lo no colo e protegê-lo do mundo, prometendo que tudo ia ficar bem. 

Luz no fim do túnel - AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora