Dez

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Nota da autora: Já falei que vocês são incríveis! Minha singela fic passou de 1k views aqui no Wattpad! Estou muito feliz e muito grata a vocês por todo o carinho!

Estou trazendo um capítulo fresquinho com as nossas mamis bem boiolinhas para a alegria de vocês! Não esqueçam de curtir e comentar o que vocês estão achando. E para quem não conhece, o Plaza (mencionado mais para o fim do capítulo) é um shopping que tem em Niterói. Beijo!

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Os primeiros raios de sol da manhã me acordaram no dia seguinte. Tentei proteger a vista com a mão, estranhando a luz do sol repentina, já que o meu quarto sempre estava mais escuro pela manhã. Desorientada e com sono, não reconheci o entorno por um momento e sentei na cama assustada, meu coração galopando dentro do peito.

Olhando em volta, fui lembrando aos poucos de tudo que havia acontecido ontem. Respirei fundo, massageando o peito para tentar acalmar meus batimentos.

Ao sentir um movimento do meu lado direito, finalmente vi que tinha alguém na cama comigo. Sarah dormia serenamente, seus cabelos loiros espalhados no travesseiro e suas costas nuas à mostra. Durante a noite o edredom provavelmente saiu com nossos movimentos, e eu vi que sua pele estava arrepiada.

A janela estava entreaberta e um vento gelado soprava do mar. Mas apesar do frio, o amanhecer estava lindo, e o céu completamente sem nuvens. Respirei fundo, admirando a paisagem. Quando que eu imaginava que viria morar em um lugar assim com uma vista incrível dessas?

Se alguém me contasse há um mês que hoje eu estaria acordando em um novo apartamento e com a renomada atriz Sarah Andrade nua na minha cama, eu teria dito que a pessoa era completamente louca.

Era incrível as voltas que o mundo dava. Virei-me e me permiti admirar a mulher linda que estava dormindo na minha cama. Suas costas nuas, a pele dourada lisinha. Parecia um sonho. Ela dormia profundamente, agarrada ao travesseiro.

Tínhamos dormido pouco. Pelo nascer do sol, eu imaginava que não deveria ser mais que sete da manhã, e nós só tínhamos ido dormir depois das três, com certeza. Lembrava porque a última vez que eu olhei o celular eram 3:14h. Havia colocado o alarme para tocar às nove e depois me aconcheguei nos braços da galega até adormecer.

Peguei o celular no criado mudo e confirmei meu palpite. Eram 7:06h. Definitivamente muito cedo para acordar em um domingo de folga, mas agora meu corpo já estava desperto.

Puxei um moletom de uma das malas e o vesti, esfregando as mãos para espantar o frio. Antes de sair do quarto, cobri a Sarah com o edredom, deixando um beijo carinhoso em seus cabelos.

O apartamento silencioso me fazia sentir como se eu estivesse em outra dimensão, vivendo a vida de outra pessoa. Fui ao banheiro para fazer minha higiene matinal e deixei uma escova nova à vista para Sarah para quando ela acordasse.

Chegando na sala, avistei meu violão, e o peguei, me dirigindo à varanda. Sentia-me um pouco perdida. Agora que a poeira havia baixado, eu estava começando a me dar conta da quantidade de coisas que eu tinha para resolver até amanhã -- a mais importante delas era contar para o meu filho que a gente tinha se mudado e que ele não iria mais morar com o pai.

Meu coração saltava só de pensar nisso. Eu sabia que seria um baque para ele e que não seria uma conversa fácil. Abri a porta da varanda e puxei o capuz do moletom para cima até cobrir a minha cabeça para me proteger do frio.

Sabia que era cedo, mas eu precisava da música. Precisava do toque dos meus dedos nas cordas do meu instrumento, para tentar acalmar meu coração.

De início apenas dedilhei trechos de algumas músicas. Não sei quanto tempo fiquei ali, perdida na melodia, nas letras cantadas baixinho para não incomodar os vizinhos.

Luz no fim do túnel - AU SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora